Homem estupra e quase mata namorada com um tamborete em presídio de Itaberaí
O inquérito policial apurou que a vítima conheceu Eduardo no presídio e, desde então, passaram a constituir uma união estável. Neste cenário, ela foi ameaçada várias vezes, caso tentasse terminar o relacionamento.
O Tribunal do Júri de Itaberaí condenou a 29 anos de prisão, um homem pela tentativa de feminicídio e estupro cometidos contra a namorado no interior da Unidade Prisional de Itaberaí, região noroeste de Goiás. No julgamento, foram reconhecidas a tentativa de homicídio por motivo fútil com utilização de um tamborete que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram no dia 14 de agosto de 2019, quando Eduardo de Abreu Ferreira, constrangeu a mulher, mediante ameaça, a ter relações sexuais com ele. Ele também tentou matá-la e só não consumiu o crime por achar que ela já havia morrido.
Relação dentro do presídio
O inquérito policial apurou que a vítima conheceu Eduardo no presídio e, desde então, passaram a constituir uma união estável. Neste cenário, ela foi ameaçada várias vezes, caso tentasse terminar o relacionamento. Poucos dias antes dos fatos, em 9 de agosto, a mulher foi à prisão acompanhada pela mãe, quando anunciou o fim da união.
Inconformado e com a intenção de matá-la, Eduardo mandou uma carta para a vítima, pedindo para que eles se reconciliassem. Assim, no dia 14, convencida pela mensagem, ela foi ao encontro do réu para uma visita íntima.
Para deixar a ex-companheira em situação vulnerável, eles se deitaram e na sequência, Eduardo pediu que ela se virasse para que ele lhe fizesse uma massagem. Foi quando o réu tapou a boca da vítima, dizendo que a estupraria até matá-la e que se ela gritasse e os agentes penitenciários ouvissem, mataria a sua família.
Usando um tamborete
Durante cerca de dez minutos ele a estuprou. Logo após, pegou um tamborete e golpeou a cabeça da mulher três vezes, ocasião em que ela desmaiou. Acreditando tê-la matado e com a intenção de se matar, tomou vários remédios e desfaleceu. Ambos foram encontrados pelos agentes penitenciários, terminado o período de visita, e encaminhados para atendimento médico em hospitais da cidade.
A pena pelos crimes foi fixada em 29 anos, 2 meses e 7 dias de reclusão e ocorreu após denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO). Foram descontados os 946 dias já cumpridos pelo réu, que está preso, devendo ele cumprir mais 26 anos, 7 meses e 4 dias de prisão. A acusação no júri foi feita pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Otoni, em sessão presidida pela juíza Hanna Lídia Rodrigues Paz Cândido.