Grupo protesta contra tortura e maus-tratos em presídios de Goiás
Manifestação foi organizada por parentes de detentos e acontece na praça Tamandaré
Familiares de internos de presídios em Goiás relizaram na última quinta-feira (3), na praça Tamandaré em Goiânia, um ato nacional contra tortura e maus tratos no sistema prisional do Estado e do País.
“A gente não concorda que os presos levem vidas de luxo, eles devem pagar os seus crimes, mas sabemos dos direitos e da realidade de Goiás, que humilha e oprime”, diz Paulo Henrique, um dos coordenadores da manifestação.
De acordo com ele, há cerca de dois anos os internos não têm visitas.
“O que queremos é a oportunidade do governo rever a situação. Instalar ONGs e empresas dentro dos presídios para que eles possam, até mesmo, prestar serviços para a sociedade.”
Paulo diz ainda que os detentos não recebem alimentação digna. Cerca de 50 pessoas participam dos atos.
DGAP
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informa que as visitas voltaram, em novembro, via parlatório por agendamento, além de videoconferência que já ocorria. Em relação a visita íntima, a DGAP revela que, por causa da variante Ômicron e avanço da Covid, ainda não é possível retornar.
Segundo o órgão, graças a essas medidas e rotinas de cuidado, Goiás é um dos Estados com menor número de óbitos no País. A orientação, inclusive, é do Ministério da Justiça.
Já sobre as outras demandas, a DGAP informa que mudou o contrato de alimentação, que tem sido elogiada pelos próprios presos. Quanto às ONGs e empresas, Goiás é o quinto Estado que mais emprega presos.
Dentro do complexo prisional de Aparecida, por exemplo, existe horta e indústria com 130 presos empregados só em uma das empresas. Em diversos presídios do interior, informa a pasta, existem hortas, além de prestação de serviços, por meio de parcerias, com prefeituras.