Greve do transporte coletivo é suspensa após pedido da Justiça do Trabalho

A greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Goiânia e da região metropolitana foi suspensa após audiência de mediação realizada nesta quinta-feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO). A suspensão, segundo o advogado Nábson Santana, que representa o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindicoletivo), foi solicitada pelo próprio tribunal.
“Infelizmente, nós não chegamos a um acordo junto à Justiça do Trabalho. Mas, a pedido da Justiça do Trabalho, a greve foi suspensa e uma nova audiência foi marcada para a próxima segunda-feira”, afirmou Nábson ao portal Mais Goiás.
Com isso, os motoristas devem operar normalmente já nesta sexta-feira (27). No entanto, caso não haja avanço nas negociações entre a categoria e as empresas responsáveis pelo transporte, a paralisação pode ser retomada a partir da meia-noite de terça-feira, 1º de julho. “Se não tiver acordo, vamos dar continuidade”, completou o advogado.
Negociação continua travada
Durante a audiência de mediação, tanto o Ministério Público do Trabalho quanto o próprio TRT-GO sugeriram que as empresas considerem um reajuste mínimo de 7,5% nos salários dos trabalhadores. A sugestão, segundo Nábson, ainda está sendo analisada pelos representantes das empresas e do poder público.
Até o momento, a proposta formal apresentada pelas empresas prevê um reajuste de 5,36%, sendo 4,86% referente à recomposição da inflação e apenas 0,5% de aumento real. A categoria, por sua vez, reivindica um reajuste de 10% nos salários e 15% no vale-alimentação.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) confirmou apenas a participação na audiência desta quinta-feira e a nova rodada de negociações marcada para a próxima segunda-feira, 30 de junho.
Enquanto isso, usuários do transporte público seguem em alerta diante da possibilidade de uma nova paralisação. A expectativa é de que um acordo seja firmado nos próximos dias para evitar mais transtornos à população.