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Governo Bolsonaro quer fim da tomada de três pinos

Entre os 14 tipos de plugues que existem no mundo, apenas um se encaixa na tomada brasileira. Mas isso pode estar com os dias contados

Ao redor do mundo, existem 14 tipos de plugues de tomadas diferentes. Alguns se repetem em larga escala, enquanto outros, como é o caso da tomada de três pinos, são aplicados em poucos países. Exigido desde 2000 e obrigatório a partir de 2011, o modelo só existe no Brasil. E por essa e outras justificativas, o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, está à frente dos esforços do governo do presidente Jair Bolsonaro para mudar isso.

No início de 2019, o secretário solicitou uma análise junto ao Inmetro, que apontou mais prejuízos do que vantagens na mudança do padrão vigente. Após o episódio, Costa teria repreendido a presidente do Instituto, Angela Flôres Furtado, que falou em comunicado não existirem divergências, mas sim um “debate salutar” entre os lados. Depois, foi a vez do Inmetro soltar uma nota dizendo ser “tecnicamente viável” promover a disponibilização de outros padrões internacionais de tomada de acordo com a melhor aderência do consumidor.

Porém, para que realmente haja a mudança, uma reunião do Conmetro precisa acontecer. Portanto, seriam convocados os ministros da Justiça, Ciência e Tecnologia, Defesa, Saúde, Educação, Relações Exteriores, Desenvolvimento Regional/Cidades e Agricultura; juntamente com os presidentes do Inmetro, ABNT, IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A preocupação da equipe econômica é que a conversa seja uma perda de tempo “com discussões pouco importantes”.

Segundo Costa, “é um tema que afeta a segurança, a concorrência e a produtividade”, já que aparelhos com outros tipos de plugues não podem ser fabricados nem importadas desde 2010 e a venda dos mesmos foi proibida em 2011, ano em que a entrada tripla se tornou obrigatória. Para ele, a divergência também gera custos de adaptação.

A intenção não é que os brasileiros sejam obrigados a voltarem ao padrão anterior, mas sim que fiquem livres para escolherem qual modelo preferem utilizar, já que a tomada de três pinos se tornaria opcional. Além disso, existe a ideia de adotar um terceiro padrão flexível entre os dois modelos utilizados no Brasil e compatível com os padrões internacionais.

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