A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) vai retomar a administração do Aeroporto de Anápolis, atualmente sob gestão da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O comunicado foi feito pelo presidente da agência e secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, durante reunião com permissionários, nesta segunda-feira (03/02).
Segundo Sales, o acordo foi rompido uma vez que o órgão federal sinalizou que, por questões ambientais, não realizará investimentos no terminal. A aplicação de recursos era, porém, condição estabelecida para consolidação da federalização. Desde que assumiu a gestão, no entanto, a Infraero passou a cobrar taxas operacionais de permissionários.
“A operação foi repassada mediante expectativa de contrapartidas e investimentos. Colocamos a unidade à disposição para que eles enfrentassem essas dificuldades. Como não irão realizar investimentos, não podemos permitir que continuem realizando cobranças elevadas resultantes da regulação federal, penalizando as mais de 1 mil famílias que aqui atuam em diversos segmentos”, pontuou Pedro.
Aeroporto de Anápolis
Uma vez de volta à Goinfra, a operação do aeroporto receberá investimentos e funcionará sem custos aos permissionários, garantiu o presidente da autarquia goiana.
“O aeroporto vai voltar a funcionar como sempre funcionou: com recursos públicos e sem nenhum tipo de cobrança”.
A medida foi celebrada por permissionários. De acordo com o subsecretário de Fomento e Competitividade, da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Leandro Ribeiro, a manutenção do aeroporto é fundamental para o crescimento de Anápolis, bem como o de todo o estado.
“Por meio da atuação de Sales e do governador Ronaldo Caiado, vamos retomar a operação para que permissionários possam continuar gerando renda e emprego”.
Federalização
Negociada em 2023 e finalizada em 2024, a federalização gerou expectativa de ampliação operacional, incluindo homologação de uma nova pista de cargas com 3 mil metros de comprimento, capaz de receber aeronaves de grande porte.
O intuito era valorizar a posição estratégica de Anápolis — estabelecida entre duas capitais e cortada por diversas rodovias importantes — para alavancar o potencial logístico do estado.
“Trata-se de uma cidade privilegiada, com grandes indústrias, próxima de Goiânia e de Brasília, e margeada por ferrovias, para além das BRs 060 e 153. Nós saberemos valorizar essas qualidades em prol do desenvolvimento de Goiás”, finaliza Sales.