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Fieg e Sincafé promovem workshop com empresários goianos

Evento debateu desafios e oportunidades

O Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado de Goiás (Sincafé), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), o Senai e o Sebrae e com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), promoveu sexta-feira (14/4) o 2º Workshop do Café, comemorativo ao Dia Mundial do Café, celebrado na mesma data. O evento, realizado na Casa da Indústria, em Goiânia, contou com participação do presidente da Fieg, Sandro Mabel, e do vice-presidente Flávio Rassi, que falou sobre logística reversa no setor, considerando minuta de decreto estadual. A expectativa é de que a regulamentação, discutida pela Semad com o setor produtivo goiano, entre em vigor ainda no mês de abril.

 
Na oportunidade, também foram abordados aspectos técnicos da Resolução 570 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desafios e oportunidades para a cadeia produtiva de café e o mercado de cafés especiais. O encontro contou com coffee bar e degustação, chamando atenção para a qualidade e variedade do café industrializado em Goiás.
 
Para o presidente da Fieg, o momento, além de festivo, também possibilitou reflexão sobre os desafios que tem pela frente este setor econômico, tão importante em nossa cadeia produtiva de alimentação. “Em meio à degustação dessa bebida maravilhosa, o workshop reúne especialistas renomados para discutir assuntos relevantes da agenda do setor, a exemplo da Resolução 570 do Ministério da Agricultura, que estabelece o padrão oficial de classificação do café torrado brasileiro.”
 

Presidente da Fieg, Sandro Mabel (Foto: divulgação)
 
Maior industrialização do grão no País
Sandro Mabel defendeu ainda maior industrialização do grão no País. “O Brasil se equivoca ao somente fomentar a produção de commodities, em vez de também envidar esforços na industrialização. Precisamos mudar esse pensamento e política. Só assim vamos avançar”, sustentou. Dados mostram que menos de 2% do café exportado é industrializado.
 
A opinião foi compartilhada pelo presidente do Sincafé, Jaques Silvério. “Nosso País é grande exportador do grão verde. Nosso sonho é ampliar a participação do café industrializado nas exportações”, disse.
 

Presidente do Sincafé, Jaques Silvério (Foto: divulgação)
 
Silvério destacou ainda as oportunidades do setor. “Nossa intenção é chamar atenção de empresários, profissionais e consumidores para a força do segmento, posicionando o sindicato como parceiro na busca por soluções e inovação para o segmento. Percebemos um amadurecimento do consumidor, que busca cada vez mais a experiência atrelada ao produto. De olho nesse mercado, temos muitas oportunidades para inovar e crescer.”
 
Dados da Abic mostram que, em 2022, o consumo per capita no Brasil foi de 5,96 kg por ano de café cru e 4,77 kg por ano de café torrado. O faturamento da indústria do café, no mesmo período, alcançou R$ 23,5 bilhões, um aumento de 54,6% se comparado com 2021. A Região Centro-Oeste possui o maior ticket médio (valor gasto com café por carrinho consumidor) do produto no País. Os dados apurados comprovam a preferência da população pelo produto e chamam atenção para o crescimento das vendas de cafés de alta qualidade, que apresentaram no ano passado incremento de 26% na categoria superior; 20%, na Gourmet; e 5,5%, nas cápsulas.
 
O 2º Workshop do Café contou com palestras de Christianne Monteiro, responsável técnica da Abic; Karolline Fernandes, gerente do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas; Vinícius Estrela, diretor executivo da Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA); e Lorena Blanco, presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho (CTRT). O presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação de Anápolis (SindAlimentos), Wilson de Oliveira, acompanhou o evento.
 
Resolução 570 do Mapa
A nova legislação, que entrou em vigor em janeiro de 2023, estabelece o padrão oficial de classificação do café torrado e dá espaço para a atuação de órgãos de defesa do consumidor, como Procons e o Ministério Público (MP), agirem contra denúncias de fraude no produto. O texto também obriga a padronização das informações nas embalagens, informando a espécie do grão e/ou sua predominância no blend, padrão de torra e se ele corresponde com o padrão mínimo de qualidade estabelecido. Tanto a Abic quanto o Sincafé Goiás participaram intensamente na discussão do projeto para torná-lo mais próximo do setor, evitando que as novas regras pudessem ser onerosas para o segmento.

GED

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