Famílias goianas devem gastar R$ 295,8 bilhões em 2025

Da Redação
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As famílias goianas deverão gastar cerca de R$ 295,8 bilhões ao longo de 2025, o que representa um crescimento de 9,5% em relação às estimativas de consumo para o ano anterior. A informação é da atualização do anuário IPC Maps 2025, publicação especializada no cálculo de índices de potencial de consumo, que se baseia em dados oficiais. No cenário nacional, o consumo das famílias brasileiras deve atingir R$ 8,2 trilhões, com um aumento real estimado em 3% em relação a 2024. Esse crescimento acompanha a previsão de expansão de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
De acordo com o levantamento, Goiás mantém a 8ª posição no ranking dos estados brasileiros em potencial de consumo, assim como em 2024.
No estado, a maior parte do consumo está concentrada nas áreas urbanas, com R$ 277,1 bilhões previstos. Já as famílias reside
ntes na zona rural devem consumir cerca de R$ 18,6 bilhões.
Principais despesas das famílias goianas
O estudo destaca que as despesas com habitação são o maior peso no orçamento das famílias goianas, correspondendo a 20,8% do total, ou cerca de R$ 60,8 bilhões em 2025.
Em seguida, vêm os gastos com veículos, que somam R$ 38,7 bilhões, representando 13% do consumo, e a alimentação – tanto dentro quanto fora de casa – com R$ 36,8 bilhões, ou 12,4%.
A pesquisa reforça que, mesmo diante do cenário de juros elevados e inflação alta, os brasileiros continuam priorizando o investimento em veículos próprios, que superam os gastos com alimentação e bebidas no domicílio.
Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, aponta que a melhora nos níveis de emprego formal contribuiu para a estabilidade da renda do trabalhador, refletindo positivamente no aumento do consumo
Cenário regional
No ranking regional do consumo, o Sudeste permanece na liderança, respondendo por 48,1% do total nacional. O Nordeste ultrapassou o Sul e ocupa a segunda colocação, com 18,6% do consumo, enquanto a Região Sul passou para o terceiro lugar, com 18,5%. O Centro-Oeste, onde está Goiás, vem na quarta posição, com 8,8%, seguido pelo Norte, com menos de 6%.
Segundo Pazzini, a redução do crescimento no Sul para 11,2% em 2025, abaixo da média nacional de 11,4%, deve-se principalmente às enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul no ano anterior. Já o Nordeste deve registrar crescimento significativo, impulsionado pela valorização do turismo estrangeiro, devido ao real desvalorizado.