Escocesa processa Netflix por distorção de fatos em “Bebê Rena”

Da Redação
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A escocesa Fiona Harvey está movendo uma ação legal contra a Netflix e o criador da minissérie “Bebê Rena”, Richard Gadd, alegando que a produção distorceu os fatos reais, prejudicando sua imagem. Representada por seus advogados, Harvey busca uma indenização de pelo menos US$ 170 milhões.
Os representantes legais de Harvey afirmam que a Netflix divulgou “inverdades graves” sobre sua cliente para uma audiência global de 50 milhões de pessoas. Entre as alegações, destacam-se a afirmação de que Harvey foi condenada por stalking duas vezes e passou cinco anos na prisão, além de ter abusado sexualmente de Gadd. Os advogados argumentam que essas falsidades foram perpetuadas em busca de uma narrativa mais interessante para a série. Segundo o processo iniciado por Fiona Harvey, as ações da Netflix e de Gadd arruinaram sua reputação, seu caráter e sua vida. “Bebê Rena”, lançada em 11 de abril na Netflix, é baseada em uma peça teatral escrita por Gadd, que adaptou nomes e eventos para aumentar o drama. Apesar disso, no início do primeiro episódio, é informado que a trama é baseada em fatos reais.
Durante o lançamento da série, Gadd afirmou ter alterado informações que poderiam identificar a “Martha” da vida real. No entanto, a internet conseguiu localizar Fiona através de mensagens antigas nas redes sociais do ator e roteirista, que utilizou partes das conversas como base para a adaptação da Netflix.
Após a estreia de “Bebê Rena”, Harvey concedeu uma entrevista onde negou várias das informações apresentadas na série, afirmando ser a verdadeira vítima. O processo alega que a Netflix não confirmou os fatos sobre a verdadeira história antes de iniciar a produção. Até o momento, a empresa e Richard Gadd não se pronunciaram sobre o caso.