Escalada das Tensões na América do Sul: EUA Enviam Contratorpedeiros Próximos à Venezuela e Aumentam Pressão sobre Maduro

Movimento militar americano preocupa líderes regionais em meio à disputa geopolítica com a China e combate ao tráfico; operação sob sigilo revela nova fase na crise venezuelana
A recente movimentação de três contratorpedeiros dos Estados Unidos para as proximidades da Venezuela acendeu o sinal de alerta na política sul-americana, revelando uma escalada nas tensões que ultrapassam o tradicional confronto diplomático.
Embora existam especulações exageradas sobre a ação em solo brasileiro, como rumores de um avião da CIA pousando em Porto Alegre, a realidade mostra um cenário sério de intervenção indireta do governo Trump na região. O envio das embarcações, que ostentam poder de fogo superior ao arsenal venezuelano, indica que Washington não pretende mais limitar sua atuação apenas à imposição de sanções econômicas contra o regime de Nicolás Maduro.
A expressiva preocupação foi registrada até mesmo pelo experiente diplomata brasileiro Celso Amorim, que defendeu a não intervenção direta, apesar de não oferecer provas concretas sobre as intenções dos navios, que declarou estarem sobrando na área para conter o tráfico de drogas. A tensão política revela-se amplificada pelo posicionamento de setores ideológicos distintos: enquanto a esquerda teme uma intervenção militar, a direita aplaude a possibilidade de derrubar Maduro.
Por trás das manchetes, os serviços secretos americanos operam de forma sigilosa para desestabilizar o regime chavista, como evidenciado pela retirada, em maio, de cinco opositores venezuelanos da embaixada argentina, sob custódia brasileira. Caso pouco noticiado mantido sob rigoroso silêncio por Brasília.
O governo Trump tem trabalhado com seus aliados regionais para enfraquecer redes criminosas ligadas a altos comandos militares venezuelanos e núcleos do tráfico, a exemplo da declaração do Paraguai e do Equador sobre o cartel Carlos dos Sóis como organização terrorista. As informações sobre essas conexões foram reveladas por figuras notórias como Joaquín “El Chapo” Guzmán.
Em termos geopolíticos, a disputa entre Estados Unidos e China pelo controle da América do Sul ganha corpo no discurso do chefe do Comando Sul americano, almirante Alvin Holsey. Em evento realizado em Buenos Aires, Holsey destacou a importância estratégica do Cone Sul e das rotas marítimas analisadas como gargalos vitais que podem ser explorados pelo Partido Comunista Chinês para projetar seu poder global.
Na Venezuela, a tensão se reflete em medidas drásticas, como a recente proibição, por trinta dias, do uso, venda e fabricação de drones, indicando que o regime de Maduro está em alerta contra possíveis ataques tecnológicos ou espionagem aérea.
O cenário alastrado entre centros de poder militar e político na América do Sul sugere que o conflito venezuelano entra em uma nova fase, marcada por ações clandestinas, ameaças manifestas e um jogo geopolítico que pode influenciar profundamente a estabilidade regional.