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“Se Gustavo tiver um vereador apoiando ele em Aparecida, sou eu ”, diz André Fortaleza

Afirma que não “aceita cabresto” e também “não impõem”. Garante ainda que vai conversar com Daniel Vilela “quantas vezes for necessário”.

Rodrigo Augusto

Presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza (MDB), destaca ações positivas da gestão à frente do Poder Legislativo, fala da possibilidade de renunciar ao cargo e da pré-candidatura a deputado federal. Responde com firmeza aos questionamentos e assegura que é a favor do trabalho sério da imprensa e da classe política.

Confira a entrevista exclusiva!

Quando surgiu a possibilidade de renunciar ao mandato de vereador e porquê?
O que anda acontecendo é que não ouvem [imprensa] a gente e emitem notas totalmente direcionadas. Quando falo em renúncia, falo em consultar meus eleitores [3.702], aqueles me elegeram para trabalhar para população. Agora, meu desgosto e meu desgaste é que muitos políticos não assumem o que fazem e muito menos o que falam, isso me leva a um desgosto muito grande cujo não estou dando conta mais. O parlamento tem que ser transparente e as pessoas têm que assumir o que fazem.

O senhor pode dar exemplos?
Posso dar exemplos de várias pessoas que me procuram e falam uma coisa, você vira as costas é outra. Ou seja, eu não aguento mais o processo político ilusório e falso. Então para mim, as pessoas têm que assumir o que falam.

O parlamento tem que ser transparente e as pessoas têm que assumir o que fazem.

Em relação à consulta sobre renúncia, como o senhor pensa em fazer?
Primeiro, eu não tenho vínculo financeiro com ninguém. Minha campanha quem faz sou eu. Tenho uma base, tenho eleitores e talvez seja um político diferente porque saio à rua e tenho resultados. Talvez seja um dos poucos políticos que saem às ruas e encara a população, encara o eleitorado; não aceito cabresto de ninguém e não gosto de impor cabresto em ninguém.

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O café da manhã, que foi realizado na casa do senhor no fim de semana, mostrou que continua com força política?
Sim. Creio que tenho força política, mas não meço força política com ninguém. Faço política transparente e, quando você faz política transparente e honesta, você é confundido com o truculento e autoritário e, às vezes, as coisas não ficam bem claras porque as pessoas não tomam conhecimento da verdade.

Antecipar a eleição da Mesa Diretoria foi uma decisão acertada?
Certeira. Primeiro, a lei me deu condições. Segundo, o maior privilegiado sou eu porque terei oportunidade de mostrar à população que a câmara é transparente e trabalhamos em prol da população com seriedade e bastante, bastante tranquilidade e respeito ao dinheiro público. Posso lhe afirmar: que dia o senhor viu uma economia de R$ 4,6 milhões, quando a receita cai em um momento de pandemia? Esse dinheiro nos rende quase R$ 30 mil de juros porque apliquei!

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Desafio qualquer um dizer que algum dia André Fortaleza não cumpriu com a palavra.

Como chegou nesta economia?
Tive que repactuar os contratos, revi muitos gastos, dei valor até aos descartáveis como a água, mas sem regrar e com a consciência de que dinheiro público não pode ser jogado fora.

Falando em dinheiro, como está o processo de conclusão das obras da nova sede da Câmara Municipal?
Vamos fazer uma nova licitação, que está sendo preparada. Vamos fazer o destrato. Neste primeiro ano, não podemos mexer por conta da pandemia e depois tivemos que tomar conhecimento da obra. Já estou providenciando o início de uma nova licitação e vamos retomar assim que a licitação estiver pronta e com uma empresa vencedora. Vamos retomar com dinheiro em caixa.

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O senhor tem maioria na Casa?
Tenho tranquilamente. Agora, uma coisa que quero colocar ao conhecimento da população e que todas as decisões serão levadas à tribuna para que a população tenha conhecimento e possa julgar não apenas eu, mas todos os vereadores.

O senhor, se for candidato a deputado federal pelo MDB, será neutro, vai apoiar Caiado ou abraçar Gustavo Mendanha?
É impossível eu não apoiar Gustavo Mendanha. Se o Gustavo tiver um vereador apoiando ele em Aparecida, sou eu. Busco junto ao presidente [Daniel] para que me libere ser candidato e para que possa ajudar o Gustavo.

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Se não liberar?
Já tive uma pré-conversa, se não liberar não existe hipótese de lançar candidatura. Tenho até junho para decidir e vou conversar com o presidente do meu parido quantas vezes for necessário. Não é porque estamos em lados opostos que a pessoa passa a não prestar. Infelizmente, quando recebo, sou interpretado como pessoa maldosa por alguns veículos de comunicação. A Câmara de Aparecida deveria ser uma casa democrática. Desafio qualquer um dizer que algum dia André Fortaleza não cumpriu com a palavra.

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GED

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