Cidades

Entregadores de aplicativo iniciam greve nesta sexta-feira

Bloqueios indevidos para priorizar empresa terceirizada é principal motivo da paralisação

Os entregadores do aplicativo iFood iniciarão, nesta sexta-feira (11), paralisação por tempo indeterminado em Goiânia e na região metropolitana. Insatisfeitos com a forma como a empresa os tem tratado, os trabalhadores se reunirão no Cepal do Jardim América, a partir das 9h, sairão para motociata e, em seguida, darão início à greve, que se estenderá pelo fim de semana.

O principal motivo da paralisação é a diferenciação que o aplicativo tem feito com as duas fontes de entrega existentes. Os trabalhadores da Operação Logística (OL), empresa terceirizada que presta serviços para o iFood, são priorizados em face dos chamados “Nuvens”, autônomos.

Segundo o representante desta última categoria, Marcione Araújo, a diferença de ganhos são superiores a 60%. Enquanto um entregador da OL recebe por volta de R$6 mil, os Nuvens têm feito entre R$ 1400 e R$2700. Isso se deve por o iFood dar exclusividade para os OLs nas áreas de maior demanda. “Quando o aplicativo prioriza a OL na sub-área somente eles trabalham. Isso está prejudicando muitos pais de família. Cerca de 75% dos entregadores de Goiânia são Nuvem, os outros 25% são da OL”, explicou

Área demarcada tem sido oferecido com exclusividade para OLs. | Foto: divulgação

A exclusividade para os OLs são também motivo de demora na entrega pelo aplicativo. Com a alta demanda, os 25% dos entregadores que atuam ali não conseguem fazer todas as entregas. “Tem pedido que espera 50 minutos, 1 hora e meia. Quando não há entregador da OL, os Nuvens são autorizados a trabalhar. Mas isso diminuiu nossa rentabilidade em até 50%”, explicou Marcione Araújo.

Além do fim dessa priorização, os entregadores requerem melhores taxas, fim de rotas duplas e triplas e dos agendamentos.

reportagem não conseguiu contato com o iFood.

GED

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