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Entenda o que é o Starlink, serviço de internet por satélite de Elon Musk

Bilionário disse que empresa vai fornecer conexão para 19 mil escolas em áreas rurais no Brasil

O bilionário Elon Musk veio ao Brasil nesta sexta-feira (20) participar do evento “Conecta Amazônia” e promover o lançamento do serviço de internet por satélite Starlink no país ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), membros do governo e empresários. Pelo Twitter, Musk disse que a iniciativa vai fornecer conexão para 19 mil escolas em áreas rurais no Brasil e auxiliar no monitoramento da Amazônia.

Anunciada em novembro do ano passado, a parceria da empresa com o governo brasileiro busca ampliar a conectividade em regiões onde não há oferta adequada de internet.

O Ministério das Comunicações disse na ocasião que a implementação do programa começaria em 2022. A tecnologia será incorporada ao Wi-Fi Brasil, programa federal voltado para áreas pobres que oferece acesso gratuito à internet em instituições públicas.

A parceria para satélites de baixa órbita não depende de licitação, e pode ser fechada por meio de um processo administrativo na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A SpaceX recebeu a autorização da reguladora em janeiro deste ano. Os valores envolvidos na parceria não foram revelados até agora.

O Starlink é uma divisão da SpaceX, empresa de exploração espacial fundada por Musk em 2002, que se propõe a oferecer internet rápida e de baixa latência para regiões remotas.

Os mais de 2.200 satélites Starlink em atividade cobrem todo o planeta e estão a cerca de 550 km de altitude –um satélite geoestacionário comum orbita a Terra a 35 mil km. A baixa altitude permite que a velocidade de troca de dados entre usuário e satélite (latência) seja menor quando comparada a outros serviços.

Na internet a cabo, as trocas de dados entre provedor e usuário são feitas por terra. Com os satélites, a conexão é feita pelo ar, usando sinais e antenas de alta frequência, como a internet do celular e o aguardado 5G.

De acordo com o Starlink, os usuários podem esperar velocidades de download entre 100 e 200 Mbps, e latência de até 20 ms na maioria dos locais. A qualidade da conexão condiz com os planos de banda larga via fibra óptica oferecidos pelas operadoras nas grandes cidades do Brasil.

Por enquanto, a cobertura no Brasil abrange os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais. O serviço chegará “em breve” à região Norte, segundo o mapa disponível no site da empresa.

Para se conectar à internet de Elon Musk, o usuário precisa estar na área de cobertura, comprar um kit Starlink (roteador Wi-Fi, fonte de energia, cabos e antena) e assinar o serviço.

A empresa anunciou em março um aumento dos preços para acompanhar a inflação dos Estados Unidos. A assinatura passou de US$ 99 para US$ 110, enquanto o kit saiu de US$ 499 para US$ 599.

No Brasil, os preços seguem a cotação do dólar e são acrescentados de impostos de importação. O equipamento custa R$ 3.365 (frete incluso) e a assinatura sai por R$ 530 ao mês. Um plano de internet banda larga com a mesma velocidade prometida pela Starlink custa cerca de R$ 120 ao mês em São Paulo.

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