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Empresas intensificam compras de bitcoin e colocam criptomoeda no centro de suas reservas financeiras

Da Redação
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Empresas de capital aberto em diferentes partes do mundo estão promovendo uma nova onda de aquisições de bitcoin, reacendendo um fenômeno que teve força durante a pandemia. Agora, com a criptomoeda valorizada e o mercado aquecido, companhias buscam no bitcoin uma alternativa para proteger seus caixas e agradar investidores.
Na última terça-feira (28), a empresa norte-americana de tecnologia médica Semler Scientific anunciou a compra de 581 bitcoins, totalizando um investimento de US$ 40 milhões. Em comunicado ao mercado, o CEO da companhia, Doug Murphy-Chutorian, afirmou que o bitcoin será, a partir de agora, o principal ativo de reserva da empresa.
“Acreditamos que o bitcoin possui características únicas como forma de valor armazenado, escasso e finito, que pode proporcionar proteção contra a desvalorização das moedas fiduciárias”, declarou Murphy-Chutorian.
Logo após o anúncio, as ações da Semler subiram 30% no pregão do dia, reforçando a percepção de que o mercado vê com bons olhos a aproximação das empresas tradicionais com ativos digitais.

Efeito dominó no setor de tecnologia médica

O impacto da decisão da Semler não se limitou aos seus acionistas. Um dia depois, na quarta-feira (29), outra empresa do setor, a Ehave, também anunciou que está avaliando a possibilidade de seguir o mesmo caminho e comprar bitcoin para sua tesouraria.A movimentação dessas empresas lembra o que ocorreu entre 2020 e 2021, quando diversas companhias listadas na bolsa passaram a adotar a criptomoeda como reserva estratégica, com destaque para a MicroStrategy, que desde então tornou-se referência global nessa prática.
Além das companhias norte-americanas, outras empresas globais estão intensificando seus investimentos em bitcoin.
A Metaplanet, do Japão, por exemplo, anunciou recentemente a aquisição de mais 250 bitcoins, elevando seu total acumulado para 338 BTC.
O principal motivo por trás da nova onda de compras corporativas é a valorização expressiva do bitcoin nos últimos meses. Desde o início de 2025, a criptomoeda acumula uma alta de quase 60%, e o ganho ultrapassa os 100% em um intervalo de 12 meses.Apesar do otimismo de algumas empresas, analistas financeiros seguem divididos sobre a decisão de colocar o bitcoin no coração da gestão de caixa corporativa.
Especialistas mais conservadores lembram que o ativo ainda é altamente volátil e que pode colocar em risco o equilíbrio financeiro de empresas menores, principalmente em cenários de queda acentuada.

GED

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