Eduardo Bolsonaro alerta sobre retaliação a líderes do Congresso brasileiro

Da Redação
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta semana que o governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, pode adotar sanções contra os presidentes do Congresso brasileiro, caso estes não se posicionem contra o atual governo do Brasil.
Segundo Eduardo, tanto Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, quanto Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, estariam “no foco do governo americano” e poderiam ter vistos cancelados para entrada nos EUA — algo que, segundo ele, já teria ocorrido com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco.
O parlamentar afirmou ainda que “vários recados” estão sendo enviados diretamente a Alcolumbre e Motta. Ele reforçou que os dois devem “prestar atenção no cenário internacional” e condicionou a reversão do tarifaço de 50% imposto por Trump aos produtos brasileiros ao avanço de medidas como o impeachment de Moraes e a pauta da anistia para réus e condenados dos atos de 8 de janeiro.
Eduardo também mencionou a possibilidade de Trump acionar a Lei Magnitsky contra Moraes.Essa legislação norte-americana permite sanções a indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos, incluindo o bloqueio de ativos nos EUA, proibição de entrada no país e restrições a transações financeiras com entidades americanas.
Aliados de Eduardo no Senado têm reforçado a pressão pelo impeachment de Alexandre de Moraes, argumentando que sua atuação no Supremo extrapola os limites institucionais, especialmente em processos contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores. A proposta, contudo, ainda enfrenta forte resistência no Congresso.A fala de Eduardo ocorre em meio à crescente tensão entre setores conservadores brasileiros e o STF, além de uma tentativa de reaproximação política com o governo Trump após a imposição de tarifas que afetam exportações do Brasil. Ainda não houve manifestação oficial da Embaixada dos Estados Unidos nem dos presidentes do Congresso sobre as declarações.