Dólar Atinge Novo Recorde de Fechamento em Meio a Preocupações Fiscais no Brasil
O dólar voltou a atingir um novo recorde de fechamento nesta segunda-feira, 16, em meio a incertezas fiscais no Brasil. A moeda americana encerrou o dia com alta de 0,99%, cotada a R$ 6,098. Mesmo com as intervenções do Banco Central, a moeda não conseguiu ser contida, refletindo o cenário de volatilidade no mercado cambial.
Ao longo do dia, o Banco Central realizou dois leilões para tentar controlar a alta do dólar. O primeiro leilão, de US$ 3 bilhões, foi anunciado na sexta-feira e se deu com compromisso de recompra, ou seja, o BC vendeu dólares com a promessa de recomprá-los futuramente. Esta operação visa fornecer liquidez ao mercado e reduzir flutuações abruptas na taxa de câmbio, funcionando como um empréstimo temporário de dólares. Já o segundo leilão foi de US$ 1,63 bilhão, sem compromisso de recompra, e representa a maior intervenção do BC desde o início de 2020, durante o pico da pandemia de COVID-19.
Apesar das ações do Banco Central, o mercado continua apreensivo com o cenário fiscal do país. O principal foco das preocupações é a possível desidratação do pacote de corte de gastos no Congresso Nacional. Na tarde desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir temas econômicos, incluindo as mudanças feitas pelo Senado na reforma tributária.
Este é um momento crucial para o país, já que o Congresso tem até o final desta semana para aprovar o pacote fiscal, o orçamento de 2025 e as regulamentações da reforma tributária, antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente no dia 23 de dezembro. A falta de clareza e avanços nas discussões fiscais alimenta a volatilidade do mercado, refletida no comportamento do dólar.
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