Política

Corregedor Nacional de Justiça determina afastamento de juíza Gabriela Hardt e três magistrados do TRF-4

Decisões cautelares serão analisadas pelo CNJ devido a supostas irregularidades na Lava Jato

Da Redação
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O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, ordenou nesta segunda-feira (15) o afastamento da juíza federal Gabriela Hardt, ex-magistrada da Operação Lava Jato. Além dela, dois desembargadores e um juiz do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região também foram afastados. Gabriela Hardt atuou como substituta do ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba e atualmente trabalha em uma vara recursal da Justiça Federal no Paraná.
As decisões foram tomadas de forma cautelar e serão analisadas na sessão desta terça-feira (16) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O corregedor citou supostas irregularidades cometidas pelos magistrados durante os trabalhos de investigação da Lava Jato.
Segundo Salomão, Gabriela Hardt cometeu irregularidades em decisões que autorizaram o repasse de cerca de R$ 2 bilhões oriundos de acordos firmados com os investigados entre 2015 e 2019, para um fundo que seria gerido pela força-tarefa da Lava Jato. Os repasses foram suspensos em 2019 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o corregedor, há indícios de que a juíza tenha cometido o que chamou de “recirculação de valores”, direcionando os recursos obtidos em acordos de delação e leniência com investigados na operação.
“Os atos atribuídos à magistrada Gabriela se amoldam também a infrações administrativas graves, constituindo fortes indícios de faltas disciplinares e violações a deveres funcionais da magistrada, o que justifica a intervenção desta Corregedoria Nacional de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça”, justificou Salomão.

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