Comércio varejista goiano cresce 2,6% em abril na comparação anual

Da Redação
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O O comércio varejista em Goiás manteve o ritmo de crescimento pelo 17º mês consecutivo, registrando alta de 2,6% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 12 de junho, mostram também que o acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 3,6%.
Apesar do bom desempenho na comparação anual, o mês de abril teve retração de 2,7% em relação a março, a maior queda mensal entre todos os estados brasileiros. A oscilação reforça o comportamento típico do setor, sujeito a variações pontuais ao longo do ano, especialmente por conta de datas comemorativas, calendário comercial e poder de compra das famílias.
Setores que puxaram o crescimento
Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram avanço nas vendas em abril, na comparação anual. O maior impacto positivo veio do segmento de hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve alta de 5%. Esse setor acumula crescimento de 1,7% no ano e de 6,1% nos últimos 12 meses.
Outros destaques positivos foram:
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +20,1%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: +9%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: +6,8%
- Tecidos, vestuário e calçados: +3,7%
- Móveis e eletrodomésticos: +0,2%, com alta acumulada de 16,3% no ano
Esses dados indicam que, mesmo diante de um cenário econômico ainda desafiador, o consumidor goiano tem mantido o interesse por itens essenciais e também por produtos ligados ao bem-estar, à cultura e ao lar.
Setores em retração
No comércio varejista ampliado — que inclui veículos e materiais de construção — os números foram negativos. Em abril, a queda foi de 9,2% em relação ao mesmo mês de 2024. A retração foi puxada especialmente pelos segmentos de:
- Veículos, motocicletas, partes e peças: -28,1%
- Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,6%
A queda nas vendas de veículos reflete, segundo analistas, os altos custos de financiamento e a cautela do consumidor diante de compromissos de longo prazo. Já o leve recuo no atacado de alimentos e bebidas pode estar ligado à base de comparação elevada em períodos anteriores e à sazonalidade da atividade.
Perspectivas
Mesmo com a oscilação mensal, o comércio varejista em Goiás tem mostrado resiliência e uma trajetória de recuperação consistente. Especialistas apontam que o desempenho positivo dos setores essenciais e de consumo cotidiano é um sinal de que a economia local segue aquecida em determinados nichos.
A expectativa é de que as próximas datas promocionais e o início do segundo semestre tragam novo fôlego para o setor, especialmente com medidas de incentivo ao crédito e ao consumo em discussão no cenário nacional.