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Comerciantes são presos em Goiânia por vender peças de carros roubados

Da Redação
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Dois comerciantes foram presos na última sexta-feira (13) em Goiânia, suspeitos de integrar uma rede de receptação e revenda de peças de carros roubados. A operação foi coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e contou com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma loja de autopeças e em uma residência, onde foram encontrados diversos itens com origem ilícita.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos compravam peças de veículos furtados em outros estados para revender em suas lojas na capital goiana. As investigações apontam que, mesmo com compradores distintos e sem aparente conexão entre si, o grupo criminoso atua de forma articulada e com tarefas bem divididas, o que dificulta a identificação completa dos envolvidos.
A ação desta sexta-feira é parte de uma investigação iniciada no ano passado, após a DERFRVA identificar um aumento no comércio de peças de origem duvidosa em Goiânia. Segundo os delegados responsáveis, os suspeitos detidos são proprietários de estabelecimentos que já estavam sob monitoramento há meses.
Durante a operação, policiais localizaram diversas peças de veículos que haviam sido furtados em outro estado, o que confirmou a suspeita de receptação. Além disso, documentos e aparelhos eletrônicos apreendidos nas diligências devem ajudar a rastrear a origem dos produtos e identificar outros envolvidos no esquema.
“Os indícios levantados mostram que não se trata de casos isolados, mas sim de uma rede organizada para adquirir e distribuir peças roubadas no mercado paralelo”, afirmou um dos investigadores. A polícia também investiga se os presos possuem conexões com desmanches ilegais ou com grupos que atuam diretamente nos furtos de veículos.
Inicialmente, os dois homens vão responder por receptação, crime previsto no Código Penal com pena de até oito anos de prisão.
Contudo, há a possibilidade de que ambos também sejam indiciados por associação criminosa, caso fique comprovado o vínculo com outras pessoas envolvidas no esquema.
A DERFRVA reforça que o comércio ilegal de peças alimenta diretamente os crimes de furto e roubo de veículos e orienta os consumidores a sempre exigirem nota fiscal e verificar a procedência dos produtos adquiridos. “O consumidor que compra peças sem origem legal também corre risco de ser responsabilizado”, alertou a corporação.

GED

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