Centro-Oeste acima dos 40ºC: saiba como se proteger das altas temperaturas
Bloqueio atmosférico vai impedir avanço de frentes frias na maior parte do país nos próximos dias, às vésperas da primavera. No Rio Grande do Sul, porém, são esperadas mais chuvas.
Uma nova e intensa onda de calor está encerrando o inverno no país, e diversas cidades podem experimentar mais uma vez recordes de temperatura para a época à medida que nos aproximamos da primavera, que começa oficialmente no próximo sábado (23), às 3h50 pelo horário de Brasília para a maior parte do país.
Isso porque a atuação de um bloqueio atmosférico impedirá a chegada de frentes frias nos próximos dias, comuns para o período.
Com isso, a maior parte do Brasil terá uma prolongada sequência de dias ensolarados e temperaturas acima do normal para esse período do ano, como aconteceu em agosto.
O gerente do Cimehgo destacou que, durante a semana, a umidade relativa do ar cairá no período da tarde, com índices que podem chegar a estado de emergência, ou seja, abaixo de 12%. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) alertou sobre o alto risco de incêndio devido à onda de calor.
Bolha de calor
Segundo a MetSul Meteorologia, as ondas de calor costumam ocorrer em áreas de alta pressão. Dessa forma, o calor é criado quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias, prendendo ar muito quente.
Goiânia tem temperatura máxima mensal de 32°C em agosto, 34°C em setembro e 33°C em outubro, conforme a MetSul. No entanto, de uma média de 31 dias por ano com mais de 35°C, a capital goiana sofre 26 dias com a temperatura elevada apenas no trimestre de agosto e outubro.
Pessoas em situação de vulnerabilidade
O calor pode trazer risco a saúde de toda a população, mas pessoas em situação de vulnerabilidade são mais sensíveis aos recordes de temperatura.
São mais sensíveis ao calor:
- Crianças nos primeiros anos de vida;
- Idosos;
- Portadores de doenças crônicas, como hipertensão, arritmia, respiratórias, renais, diabetes, alcoolismo e obesos;
- Pessoas acamadas;
- Pessoas com transtornos mentais.
Danos à saúde
O calor extremo pode afetar o funcionamento do organismo humano, causando mal-estar e sensação de fraqueza. “Para que isso não ocorra o nosso corpo, através do hipotálamo, tem que fazer o controle da temperatura eliminando o calor através do suor. Nessa situação, é fundamental se hidratar profundamente com água e sucos naturais, refrigerantes, cervejas e energéticos não são válidos”, destaca o médico Gustavo Martins.
Ricardo Mourilhe, cardiologista dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, reforça que além da água natural, as pessoas mais sensíveis ao calor também podem consumir isotônicos para repor os nutrientes perdidos.
“Hidratação é com água e isotônicos, porque quando você bebe água, água pura, você não está repondo os eletrólitos que você perde no suor. Então os isotônicos acabam sendo mais saudáveis. Por exemplo, a água de coco é um ótimo isotônico e te mantém bastante hidratado”, afirma Ricardo Mourilhe.
O médico Gustavo Martins salienta ainda que além de se hidratar, as pessoas devem usar roupas mais leves e se proteger do Sol, principalmente nos horários mais quentes do dia, entre 10 e 16h.
“As pessoas devem evitar os horários mais quentes do dia e devem comer comidas leves. E qualquer sinal de dor de cabeça, vômito, sensação de tontura, desmaio e mal estar procurar atendimento médico para que esteja corretamente diagnosticado e prontamente tratado”, completa Gustavo.