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Barroso rebate acusações de “ditadura do Judiciário” e descarta aposentadoria

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rebateu acusações de que o país estaria sob uma “ditadura do Judiciário”. Em evento realizado em Cuiabá, ele classificou a crítica como “imprópria e injusta” e disse que “ditaduras são regimes com censura e restrição de liberdades, nada disso acontece no Brasil”.


Barroso também descartou rumores sobre sua aposentadoria após o fim de seu mandato à frente do STF, no dia 29 de setembro. Ele será sucedido pelo ministro Edson Fachin, com Alexandre de Moraes como vice-presidente.


Nos últimos meses, o Judiciário brasileiro tem sido alvo de críticas e ataques internacionais, especialmente de autoridades dos Estados Unidos, que acusam o STF de violar a liberdade de expressão em decisões contra empresas de tecnologia americanas e de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento relacionado aos ataques de apoiadores em 8 de janeiro de 2025.


Em julho, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos EUA aplicou sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando supostas violações de direitos humanos. A situação ganhou força após o deputado federal Eduardo Bolsonaro defender sanções contra ministros do STF no exterior, motivando a abertura de nova investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR).


Recentemente, apoiadores de Bolsonaro protagonizaram um motim no Congresso Nacional, obstruindo votações em protesto contra medidas judiciais, incluindo a prisão domiciliar do ex-presidente. O presidente da Câmara, Hugo Motta, encaminhou à Corregedoria pedidos de afastamento temporário de 14 deputados envolvidos na ação.

GED

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