Goiânia
Artistas goianos abrem exposição em Miami, nos Estados Unidos
Gratuita, mostra pode ser acessada pelo site

Sete artistas goianos abrem nesta quarta-feira (18/5), a partir das 19h, a segunda edição da exposição Escalas Invertidas, em formato on-line, no Centro Cultural de Miami (EUA), o Miami Hispanic Cultural Arts Center. A mostra fica em cartaz durante dois meses e conta com obras de vários períodos de produções dos artistas G. Fogaça, Evandro Soares, Ana Flávia Maru, André Felipe Cardoso, Estêvão Parreiras, Isabella Brito e Hariel Ravignet.
A exposição tem visitação gratuita e será realizada em plataforma própria, que também garante acesso a um catálogo digital bilíngue. A curadoria é dividida entre a cubana Dayalis Gonzáles Pérdomo e Gilson Plano. A primeira edição da coletiva foi realizada on-line em setembro de 2021 no Museu de Arte de Goiânia (MAG) com uma seleção de obras de Ana Flávia Maru, André Felipe Cardoso, Estêvão Parreiras, Isabella Brito e Hariel Ravignet. Ao todo serão 42 obras em exibição, seis por artista.
A curadora, Dayalis Gonzáles, explica um pouco do processo de cada arte. “São trabalhos que evidenciam vínculos com o gráfico-espacial, a arquitetura, o projeto ambiental, o espaço habitado e o espaço lembrado. Escalas destaca, sobretudo, as formas díspares como podemos aprender a ver o mundo para além das noções aprendidas e legitimadas dos centros de poder, daquelas narrativas promovidas como verdades absolutas e que a arte nega, nessa capacidade humana de imaginar mundos possíveis”, analisa.

(Foto: Estêvão Parreiras)
A ideia, segundo Gilson Plano, é promover várias reflexões no observador. “É como se pudéssemos multiplicar as percepções para um mundo que pode ter todos os nossos tamanhos”, ressalta. Este é um exercício que ocorre no trabalho dos artistas reunidos, pois investigam questões estéticas e conceituais que interseccionam no micro espaço físico das obras. Escalas tem apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Lei Aldir Blanc e do Fundo de Arte de Goiás.
Na seleção de artistas, Ana Flávia Maru desenvolve trabalhos que transitam entre arquitetura, cotidiano e ficção, enquanto André Felipe Cardoso busca na memória conexões espaço-temporais que recompõem fragmentos de identidades possíveis. Já os desenhos de Estevão Parreiras reformulam um universo simbólico que bebe de fontes populares e religiosas. Hariel Revignet trabalha com poesia onírica, performances e colagens e Isabella Brito capta fantasias agonizantes.
(Foto: Gerson Fogaça)
Completam o elenco, G. Fogaça, um dos principais nomes das artes em Goiás e que se inspira no caos e no crescimento desordenado da cidade em obras com muita luz e cor. São carros, motos, bicicletas e pedestres digladiando por um espaço no trânsito. Já Evandro Soares faz desenhos sobre parede ou em papel utilizando como matéria-prima o metal, evidenciando a relação da geometria, da sombra e do objeto. No seu trabalho, cubos, escadas e grades são moldados com soldas, martelos e serras.



