Ambulante se ajoelha no Zoológico e implora a Sandro Mabel: “não tira meu sustento”

Fiscalização da prefeitura termina com ambulante ajoelhado e população reage com críticas à abordagem contra trabalhadores informais

Um vídeo que circula nas redes sociais neste início de semana mostra uma cena que chocou moradores de Goiânia. Um ambulante, visivelmente desesperado, se ajoelha e implora diante do prefeito Sandro Mabel para não ter sua mercadoria apreendida durante uma ação de fiscalização no Zoológico da capital. O episódio aconteceu na manhã de domingo, dia 20, e ganhou rápida repercussão nas plataformas digitais.

A cena, registrada por visitantes, mostra o trabalhador ajoelhado no chão, gesticulando com as mãos enquanto repete frases como “não tira meu sustento” e “só quero trabalhar”. O prefeito, acompanhado da equipe da fiscalização, responde ao ambulante e menciona a necessidade de regularização da atividade. Segundo a prefeitura, a abordagem seguiu os parâmetros legais do Código de Posturas do município.

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Eficiência informou que a ação teve caráter orientativo e que nenhuma mercadoria foi apreendida. “A Secretaria realiza orientações regulares aos vendedores ambulantes que atuam em Goiânia, conforme a legislação vigente. No caso citado, o prefeito apenas reforçou a importância da regularização da atividade”, diz o comunicado.

Apesar da justificativa oficial, o vídeo causou revolta entre muitos moradores. Nas redes sociais, internautas criticaram a exposição do ambulante, que se ajoelhou em público para tentar manter sua fonte de renda. “Esse homem só quer trabalhar. É isso que a prefeitura oferece para quem luta para sobreviver?”, comentou uma moradora da região Sul da capital.
Até o momento, a identidade do ambulante não foi confirmada.

Populares que presenciaram a cena afirmam que ele costuma trabalhar nos arredores do Zoológico oferecendo bebidas e alimentos para visitantes. O caso reacendeu o debate sobre a situação dos trabalhadores informais na cidade e a necessidade de ações públicas que respeitem a dignidade do cidadão.
A prefeitura não informou se o trabalhador será incluído em algum programa de apoio ou orientação técnica.