Aparecida de Goiânia

ACIRLAG vê com preocupação o fechamento de dois dias do comércio em Aparecida

Para o presidente da entidade, Maione Padeiro, o fechamento dos estabelecimentos segue os índices de crescimento do desemprego, que não para de crescer. E alerta que os prejuízos aos empresários podem chegar a níveis irreparáveis

Com o avanço da pandemia da Covid-19 em Goiás e, consequentemente, em Aparecida de Goiânia, as medidas de escalonamento que preveem o fechamento do comércio por dois dias, além de metade dos sábados e domingos, têm causado preocupação aos empresários, que ficarão mais tempo com as portas baixadas. É que os prejuízos devem ser ainda maiores.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG), Maione Padeiro, tem conversado com os empresários que demonstram grande inquietação e desespero. “Eles podem amargar um prejuízo irreparável”, enfatiza.

Com o isolamento social intermitente, em funcionamento na cidade desde oito de junho, alcançando o cenário laranja, ou seja, risco alto, começa neste domingo (05/07), a aplicação das novas regras dentro deste cenário. Desta forma, cada uma das 10 macrorregiões fecha duas vezes de segunda a sexta-feira e a cidade inteira fecha aos sábados, a partir das 13 horas, e aos domingos o dia todo.

 

Motéis

Aparecida, que concentra uma grande quantidade de motéis, caso as medidas prevaleçam, deve provocar perdas na economia do segmento ainda maiores. É que a região Leste, que dispõe de grande parte da rede moteleira, fecha às quintas-feiras e só poderão reabrir às segundas, como explica Maione. “O fechamento desses estabelecimentos segue os índices de crescimento do desemprego”, alerta.

Porém não são só os motéis que estão decretando falência, como ressalta o dirigente, e cita as oficinas mecânicas, supermercados, distribuidoras de bebidas, entre outras. “Nos colocamos à disposição para ajudar na conscientização de que é preciso haver o distanciamento social, mas não o fechamento do comércio em dois dias da semana”, acentua Maione.

 

Escalonamento

No dia de fechamento da macrozona, entre segunda e sexta, fecham-se até supermercados, padarias e postos de combustíveis. No cenário verde, ou seja, estável, cada macrozona fechou uma vez por semana de segunda a sexta. No amarelo, que é o moderado, as macrorregiões fecharam também aos domingos.

Já no cenário vermelho, considera-se 14 dias (2 semanas), onde a cidade tem o comércio fechado regionalmente por 10 dias, ficando apenas 4 dias abertos, de modo intercalado. As decisões foram tomadas pelo Comitê de Enfrentamento ao coronavírus de Aparecida, com base em nota técnica da Secretaria de Saúde de Aparecida.

 

Os pequenos pagam a conta

Para Maione, o que mais pesa é a insegurança jurídica e política, pois as medidas adotadas são impostas e pouco discutidas com o meio empresarial. “Vemos uma fiscalização muito grande encima dos pequenos, que estão pagando a conta e não suportando”, lamenta.

E cita, por exemplo, as poucas ações que visam diminuir as aglomerações em terminais do transporte público, que ocorrem também no interior dos ônibus. De acordo com ele, o número de pessoas amontoadas à espera de transporte é muito maior que dentro dos estabelecimentos comerciais. “Vale ressaltar que, para reabrirem os empresários fizeram altos investimentos na adoção de protocolos de segurança, a exemplo de medição de temperatura, disponibilização de álcool 70%, entre outros”, afirma.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo