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Ação contra Bolsonaro por tentativa de golpe entra na reta final no STF

Defesas têm até hoje para apresentar últimas alegações antes do julgamento previsto para setembro

O processo que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de tentar articular um golpe de Estado chega a um momento decisivo. Nesta quarta-feira (13), no Supremo Tribunal Federal (STF), vence o prazo para que as defesas do chamado “núcleo duro” entreguem suas alegações finais.

Ao todo, sete réus fazem parte desse grupo considerado central para o suposto plano. Entre eles, ex-ministros militares e aliados próximos do ex-presidente. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator do caso, já se antecipou: disse que não participou de nenhuma trama golpista e que agiu seguindo ordens do então comandante do Exército, general Freire Gomes. Sua defesa incluiu diálogos para reforçar a narrativa de que ele se opunha à ruptura institucional.

As alegações finais são a última chance de apresentar documentos, depoimentos e argumentos que possam mudar a visão dos ministros do STF sobre os acusados. Depois dessa etapa, o relator Alexandre de Moraes poderá redigir seu voto e liberar o caso para julgamento.

O presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, será o responsável por definir a data do veredito, que deve ocorrer em setembro. Além de Bolsonaro e Mauro Cid, também respondem nesse núcleo os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier.

O caso é acompanhado de perto por juristas, políticos e pela opinião pública, já que poderá definir não apenas o futuro político dos acusados, mas também firmar precedentes importantes para crimes contra o Estado democrático de direito.

GED

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