Notícia

A nova promessa para emagrecer vem em comprimido

Da Redação
[email protected]

A farmacêutica Eli Lilly anunciou avanços promissores no desenvolvimento de um novo medicamento oral para controle de peso. A pílula, chamada orforglipron, apresentou resultados semelhantes ao Ozempic, fármaco injetável já conhecido no mercado, e pode se tornar uma alternativa mais prática e acessível para pessoas com obesidade ou diabetes tipo 2.
Apresentado recentemente durante o congresso anual da Associação Americana de Diabetes, o estudo clínico de fase avançada mostrou que pacientes que usaram a dose mais alta do orforglipron perderam, em média, 7,3 kg após nove meses de tratamento. Embora os testes tenham sido realizados com pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2, especialistas estimam que os resultados possam ser ainda mais expressivos entre o público com obesidade sem a comorbidade.
O medicamento atua sobre o hormônio GLP-1, da mesma forma que drogas injetáveis como Wegovy e Zepbound. No entanto, o novo formato em comprimido diário pode representar uma revolução no tratamento, principalmente por eliminar a necessidade de aplicações semanais, uma barreira para muitos pacientes.
Com base nos dados apresentados, a Eli Lilly acredita que o orforglipron possa ser submetido à aprovação regulatória nos próximos meses e, se aprovado, lançado no mercado já no início de 2026. A empresa ainda não divulgou o preço do produto, mas há expectativa de que o custo seja inferior ao das versões injetáveis, que envolvem processos de fabricação mais complexos.
Especialistas avaliam que a popularização de um tratamento oral pode expandir significativamente o acesso, especialmente entre pessoas que evitam injeções ou que não conseguem manter o tratamento a longo prazo. Atualmente, cerca de 1 em cada 8 adultos nos Estados Unidos já utilizou algum medicamento baseado em GLP-1 para perda de peso. Com o novo formato, esse número tende a crescer.
Além do orforglipron, outras drogas experimentais também foram destacadas no evento, com a proposta de serem mais eficazes, baratas e com menor impacto sobre a massa muscular, fortalecendo o avanço no combate à obesidade global.

GED

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo