Goiânia

Goiânia lança movimento para aumentar reciclagem e mira 50% até 2033

Da Redação
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Goiânia inicia uma mobilização para enfrentar o desafio da baixa reciclagem e estabelecer metas ambiciosas para o futuro. Com taxa atual de reciclagem em apenas 1,8%, a capital quer alcançar 10% até 2026 e 50% até 2033, ano em que a cidade comemora 100 anos. A proposta será apresentada oficialmente nesta segunda-feira, 30 de junho, no lançamento do Movimento Reciclar.
O evento será realizado na sede do Sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB/GO), no Edifício Goiás Cooperativo, e contará com a presença do prefeito Sandro Mabel, representantes da OCB/GO, Codese, Sebrae-GO, Prefeitura de Goiânia, Governo de Goiás e outras entidades públicas e privadas.
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelp) mostram que cerca de 29% do lixo gerado em Goiânia poderia ser reaproveitado, mas é descartado diretamente em aterros sanitários, causando sobrecarga, desperdício e riscos ambientais. A Comurg informa que são geradas diariamente cerca de 360 toneladas de resíduos recicláveis, mas menos de 2% é efetivamente reciclado — índice abaixo da média nacional, que está em torno de 4%.
A triagem desses materiais é feita por 15 cooperativas que operam a coleta seletiva via Consórcio Limpa Gyn. Apesar do esforço, Goiânia ocupa apenas a 13ª posição no ranking nacional de reciclagem, atrás de cidades como Brasília, Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre.
O lançamento do Movimento Reciclar inclui a assinatura de um pacto cooperativo entre os participantes e uma campanha de mobilização para incentivar práticas sustentáveis. A tarde haverá reunião técnica para definir estratégias integradas com foco na economia circular, modelo que prioriza o reaproveitamento dos resíduos no ciclo produtivo.
Para Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, a iniciativa vai além do meio ambiente. “Reciclar é uma oportunidade econômica e social. Precisamos mudar a cultura do descarte e adotar práticas que integrem produção e responsabilidade”, destaca.

GED

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