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Novo chip quântico do Google acende debate sobre universos paralelos

Da Redação
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O Google trouxe à tona um dos conceitos mais intrigantes da física moderna: a existência de universos paralelos. Hartmut Neven, vice-presidente de engenharia da empresa, afirmou que o novo chip quântico Willow apresentou indícios de que cálculos quânticos poderiam ocorrer simultaneamente em múltiplas realidades. Sua declaração gerou repercussão e reacendeu o debate científico sobre a possibilidade do multiverso.
Neven se baseia em testes realizados com o Willow, que demonstraram uma impressionante capacidade ao resolver um problema computacional complexo em menos de cinco minutos. Para o físico David Deutsch, da Universidade de Oxford, esse desempenho pode sugerir que os cálculos quânticos se desdobram em diferentes universos ao mesmo tempo. A teoria, conhecida como interpretação de muitos mundos, postula que cada decisão quântica gera novas realidades paralelas.
No entanto, a visão de Neven não é unânime. O astrofísico Ethan Siegel criticou a ideia de que a mecânica quântica necessite de universos paralelos para funcionar, argumentando que a explicação está no comportamento matemático dentro do espaço de Hilbert, um conceito fundamental da física quântica. O físico teórico Michio Kaku, por sua vez, reconhece o multiverso como uma ideia legítima, mas ressalta que ainda não existem provas experimentais que confirmem sua existência. Independentemente das controvérsias sobre o multiverso, o Willow é considerado um marco na computação quântica. Apresentado em dezembro pelo Google, o chip é descrito como o mais poderoso do mundo nessa tecnologia. Neven afirmou que o Willow faz parte de um projeto de mais de uma década para criar um supercomputador quântico capaz de impulsionar descobertas científicas e resolver desafios globais.
Com uma capacidade de processamento estimada em 10 septilhões de operações, o Willow tem o potencial de revolucionar áreas como mudanças climáticas, medicina e exploração espacial. O chip poderia acelerar a análise do genoma humano, otimizar a criação de novos materiais e simular fenômenos complexos da natureza.

GED

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