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Tensão marca início de audiência do Caso Master no STF

Discussão sobre rito dos depoimentos e possibilidade de acareação elevou o clima antes das oitivas conduzidas pela Polícia Federal

Antes mesmo do início dos depoimentos, um clima de forte tensão tomou conta da audiência que apura suspeitas de fraude envolvendo o Banco Master. Nos bastidores, uma discussão acalorada entre advogados de defesa e integrantes da equipe do ministro Dias Toffoli marcou a abertura dos trabalhos no Supremo Tribunal Federal, segundo informações apuradas pela CNN Brasil.

O desentendimento ocorreu em razão de divergências sobre o rito do processo e sobre a possibilidade de realização de uma acareação entre investigados. A expectativa já era de um ambiente tenso, diante das contradições apontadas nos autos, mas o impasse ganhou proporções maiores antes mesmo das oitivas começarem oficialmente.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, parte da discussão envolveu os questionamentos elaborados por Toffoli para serem feitos aos depoentes. Como o ministro não se encontra em Brasília, as perguntas foram encaminhadas por meio de um juiz auxiliar que acompanha o caso. A delegada responsável pela investigação teria de conduzir inicialmente suas próprias perguntas e, em seguida, formular os questionamentos enviados pelo gabinete do ministro, o que gerou divergências entre as partes.

As oitivas são conduzidas pela Polícia Federal e envolvem personagens centrais do caso. Entre eles estão Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília. As versões apresentadas por ambos foram consideradas contraditórias, o que reforçou a possibilidade de uma acareação para esclarecer os pontos divergentes.

Além dos dois investigados, também presta depoimento o diretor do Banco Central Ailton de Aquino. Todos compareceram presencialmente ao STF para prestar esclarecimentos. As oitivas ocorrem de forma separada, acompanhadas por um representante da Procuradoria-Geral da República e por um juiz auxiliar do gabinete de Toffoli, garantindo o acompanhamento institucional do procedimento.

A investigação busca esclarecer possíveis irregularidades e fraudes no âmbito do Banco Master, tema que ganhou repercussão nacional. Nos bastidores, a possibilidade de acareação é vista como um passo decisivo para confrontar versões e avançar na apuração dos fatos.

Com os depoimentos em andamento, o caso segue sob análise do Supremo e da Polícia Federal, em um processo que promete novos desdobramentos e manterá o tema no centro do noticiário político e jurídico nos próximos meses.

GED

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