Governo nega desequilíbrio fiscal e Caiado afirma que contas do Estado “seguem sob controle”
Durante evento realizado em Goiânia nesta quarta-feira (20), o governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou que “não há qualquer desequilíbrio nas contas do Estado de Goiás”, mesmo após a revisão das metas fiscais que transformou a projeção de superávit para 2025 em déficit bilionário. Segundo ele, a situação fiscal goiana “permanece sólida” e dentro dos parâmetros de responsabilidade.
O comentário foi feito um dia após a Assembleia Legislativa aprovar mudanças nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) de 2025 e 2026. A revisão alterou o resultado primário previsto: antes positivo em R$ 694 milhões, passou a ser estimado em déficit de aproximadamente R$ 5 bilhões. O governo argumenta que a diferença decorre de decisões estratégicas, como pagamento de passivos, investimentos estruturantes e reorganização administrativa.
Caiado rebateu qualquer interpretação de descontrole e destacou a classificação “Capag B+”, concedida pelo Tesouro Nacional para medir a capacidade de pagamento dos estados. Segundo ele, o selo mostra que Goiás continua apto a honrar compromissos e seguir investindo.
O governador voltou a criticar o governo federal, afirmando que a redução de repasses à saúde teria prejudicado o caixa estadual, especialmente no custeio de serviços de média e alta complexidade. A União, porém, apresenta números diferentes e alega aumento dos valores destinados ao Estado, tema que segue em debate.
Ao justificar o aumento das despesas, o governo estadual cita ações como compra de prédios públicos, obras rodoviárias ampliadas, investimentos em segurança e reformas estruturais. De acordo com a Secretaria de Economia, essas medidas são financiadas com reservas construídas desde 2019, período no qual Goiás recuperou liquidez após anos de crise.
Mesmo reconhecendo o impacto das despesas extraordinárias, a pasta afirma que o movimento faz parte de uma estratégia planejada e que não compromete o equilíbrio fiscal no médio prazo.
