Série B pega fogo na reta final e promete emoção até o último minuto veja cenários de G4 e Z4
Última rodada promete tensão máxima para clubes que brigam pelo acesso e pela sobrevivência
O cenário da Série B ganhou contornos dramáticos após o penúltima rodada do campeonato que mexeu profundamente com o topo e o fundo da tabela. Na véspera da última rodada decisiva, a competição chega ao limite da emoção, deixando torcedores entre a euforia e o desespero. Apenas o duelo entre Vila Nova e Volta Redonda escapou do domingo final, já que não altera os destinos centrais do campeonato; no mais, cada jogo carrega peso de decisão.
O Coritiba foi o primeiro a abrir o capítulo final da disputa. Em um Couto Pereira completamente tomado, o time confirmou o retorno à Série A após duas temporadas longe da elite. O empate contra o Athletic impediu a festa dupla, já que apenas uma vitória garantiria também o título antecipado. A frustração nos minutos finais não apaga a campanha sólida da equipe de Mozart, que agora depende apenas de si na rodada final para tentar levantar a taça.
Enquanto isso, o Athletico viveu uma tarde de roteiro imprevisível no interior de São Paulo. A partida contra a Ferroviária virou um teste de nervos logo cedo, quando uma falha improvável de Santos abriu caminho para o gol do adversário. A virada, construída com insistência e qualidade, manteve a equipe firme na disputa pelo acesso e mostrou que o elenco ainda tem combustível para lutar até o último minuto. A recuperação colocou a equipe paranaense novamente no topo da briga e deixou viva a chance de garantir vaga no G-4.
O Athletic, por sua vez, segue respirando no bloco de elite mesmo com o empate diante do Coritiba. O time mineiro mostrou organização e competitividade, seguro na defesa e estratégico no ataque. A igualdade no placar não resolveu a vida do clube, mas manteve intacta a possibilidade de confirmar o acesso no domingo, desde que vença e se beneficie dos resultados paralelos.
A disputa se intensifica ainda mais para o Goiás, que chega à última rodada com a obrigação de vencer seu compromisso e torcer contra rivais diretos. A equipe esmeraldina precisa de combinação favorável de resultados, já que oscilou em momentos decisivos e perdeu a chance de depender apenas das próprias forças. Mesmo assim, o retrospecto recente mostra uma equipe competitiva e capaz de surpreender, especialmente em jogos grandes.

Na parte inferior da tabela, o drama não é menor. Chapecoense, Brusque, Ituano e Paysandu lutam desesperadamente para escapar da queda. Cada tropeço pesa como sentença e cada vitória muda completamente o desenho do rebaixamento. A Chapecoense, em situação delicada, precisa vencer e ainda torcer por tropeços diretos. O Brusque tenta se recuperar da queda brusca no desempenho e chega pressionado. O Ituano sustenta esperanças mínimas, mas depende de matemática complexa. O Paysandu, apesar de ter respirado em algumas rodadas, volta ao risco real de queda diante da instabilidade dos últimos jogos.
O Z-4 chega à rodada final com contornos de sufoco absoluto. Qualquer combinação de resultados pode alterar a configuração dos rebaixados, e o fim de semana final promete transformar cada gol em um episódio de tensão.
Com o topo e a base da tabela em disputa aberta, a Série B encerra sua temporada com todos os ingredientes que marcam os campeonatos memoráveis: viradas improváveis, luta ferrenha por sobrevivência, festa antecipada e ansiedade coletiva. O domingo decisivo promete carregar a emoção de um campeonato inteiro condensada em noventa minutos. E, como já virou tradição na divisão, tudo pode mudar na última bola.



