Série da HBO Max revela que família de Ayrton Senna teria impedido Adriane Galisteu de se despedir do piloto

Documentário “Meu Ayrton por Adriane Galisteu” traz depoimentos inéditos e mostra bastidores da relação da apresentadora com o tricampeão de Fórmula 1
Por Ana Lucia
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A nova série documental “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, lançada pela HBO Max, reacendeu memórias e polêmicas sobre um dos romances mais comentados do Brasil nos anos 1990. Em dois episódios, a produção conduzida pela própria Galisteu revisita o relacionamento com Ayrton Senna, morto tragicamente durante o GP de San Marino, em 1994, e revela bastidores até hoje pouco conhecidos do público.
Entre os depoimentos inéditos, chama atenção o relato da ex-assessora de Senna, Betise Assumpção, que afirmou que a família do piloto nunca aprovou o namoro. “A família nunca gostou de nenhuma namorada, queria ter controle total do cara”, disse. Galisteu, por sua vez, reforça o distanciamento: “Nem a família do Ayrton seria capaz de contar a história dele como homem”, afirmou no documentário.
A produção, dirigida por João Wainer, mistura imagens pessoais, arquivos de época e relatos emocionantes para reconstruir o contexto da relação. No segundo episódio, Galisteu relembra o dia da tragédia e conta que, ao tentar viajar a San Marino, recebeu uma ligação do amigo Braguinha, com o aviso que marcou sua vida: “A família não quer ela aqui. Ele já morreu.”
A cena simboliza a ruptura definitiva entre a apresentadora e os familiares do tricampeão. Em outro trecho, Galisteu recorda o momento em que foi buscar seus pertences na casa de Senna e encontrou Neyde Senna, mãe do piloto. “Perdi um namorado; o Brasil perdeu um ídolo. Eu não queria competir com ninguém, mas a dor de uma mãe é incomparável”, declarou, emocionada.
O documentário também revisita o passado de Adriane Galisteu, sua juventude simples na Lapa, em São Paulo, e as dificuldades enfrentadas antes da fama. Aos 20 anos, ela conheceu Ayrton durante o GP do Brasil e viveu com ele um relacionamento de pouco mais de um ano, marcado por viagens, discrição e muito assédio da imprensa.
A estreia de “Meu Ayrton por Adriane Galisteu” acontece um ano após a minissérie “Senna”, da Netflix, que praticamente ignorou a figura da apresentadora, o que gerou críticas do público. Galisteu, no entanto, nega qualquer tom de revanche: “Não é uma resposta, é apenas a minha história”, disse.
Com narrativa sensível e estética cinematográfica, o projeto busca mostrar o lado humano de um ídolo que transcendeu o esporte e de uma mulher que viveu ao seu lado um amor interrompido, mas jamais esquecido.



