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Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga o “Prefeito tiktoker”, é afastado do cargo por 180 dias em operação da PF sobre desvios na saúde

Vice assume interinamente; investigação mira contratos de terceirização e bloqueia R$ 6,5 milhões em bens

Por Ana Lucia
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O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado temporariamente do cargo nesta quinta-feira (6) por determinação judicial, no âmbito de uma operação da Polícia Federal que apura supostos desvios de recursos públicos na área da saúde. O afastamento é de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme o andamento das investigações.

A ação, que incluiu mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens avaliados em R$ 6,5 milhões, investiga contratações irregulares de organizações sociais (OSs) para gerir unidades municipais de saúde. Duas pessoas foram presas, entre elas o empresário Marco Silva Mott, amigo de longa data do prefeito, segundo apuração da imprensa local.

Em nota, a Prefeitura de Sorocaba informou que o vice-prefeito Fernando Costa (PSD) assume a administração “até que os fatos sejam esclarecidos”. O comunicado reforça o “compromisso com a transparência e o respeito às decisões judiciais”.

Nas redes sociais, Manga confirmou o afastamento e disse que buscaria mais informações sobre a operação. “Isso que eles estão fazendo vai fazer nosso nome soprar ainda mais”, declarou o prefeito, que estava em Brasília no momento da decisão.

De acordo com a PF, a operação desta quinta é um desdobramento de outra ação deflagrada em abril, cujos resultados levaram à identificação de novas pessoas e empresas suspeitas. As apurações começaram em 2022 e envolvem crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Conhecido nas redes sociais como o “prefeito tiktoker”, Manga acumula mais de 3,3 milhões de seguidores no TikTok, onde costuma publicar vídeos de teor humorístico ou provocativo sobre temas políticos e administrativos. Algumas publicações já foram alvo de críticas e denúncias, incluindo um vídeo considerado racista pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

GED

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