Alcolumbre e Hugo Motta se manifestam sobre operação no Rio e defendem reforço à segurança pública

Presidentes do Congresso e da Câmara demonstram preocupação com a letalidade da Operação Contenção e destacam avanço de projetos contra o crime organizado
Por Ana Lucia
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Os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestaram nesta quarta-feira (29) sobre a Operação Contenção, deflagrada no Rio de Janeiro na terça (28), que deixou ao menos 64 mortos. A ação mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de capturar lideranças do Comando Vermelho e conter a expansão territorial da facção.
Em nota oficial, Alcolumbre, que também preside o Congresso Nacional, afirmou que o Legislativo acompanha com “atenção e preocupação os graves acontecimentos registrados”. O senador ressaltou que o Parlamento está “à disposição para contribuir, de forma responsável e democrática, com soluções legislativas que fortaleçam a segurança pública e a proteção da vida dos brasileiros”.
O presidente do Senado destacou ainda que o Plenário aprovou o Projeto de Lei 226/24, que cria o marco legal de enfrentamento à criminalidade e reforça os instrumentos de proteção aos agentes públicos e à população civil. A proposta, aprovada nesta terça (28), segue agora para sanção presidencial.
“A Presidência do Senado manifesta apoio às ações das forças de segurança no combate à criminalidade e reafirma a necessidade de um esforço conjunto de todos os poderes do Estado para proteger os cidadãos da violência que assola o país”, disse Alcolumbre.
A Operação Contenção é considerada a mais letal dos últimos 15 anos, superando o número de mortes da ação no Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 vítimas. Segundo o governo fluminense, o saldo parcial aponta 81 presos, 75 fuzis apreendidos e uma grande quantidade de drogas ainda em contabilização.
Nas redes sociais, Hugo Motta afirmou acompanhar “com atenção” a ofensiva contra o crime organizado e ressaltou que, sob sua presidência, a Câmara já aprovou quase 30 projetos voltados à segurança pública, como o aumento da repressão a organizações criminosas e a criminalização do domínio de cidades.
“Continuaremos focados em avançar nessas pautas. A Câmara votará novos projetos contra as facções criminosas”, afirmou Motta.
A operação provocou interdições em vias expressas e levou o Rio a entrar em estágio 2 de atenção, com mais de 100 linhas de ônibus alteradas.



