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Senado dos EUA aprova revogação de tarifas contra o Brasil, mas decisão final depende de Trump

Proposta liderada por democratas busca anular sanções impostas ao país, mas enfrenta resistência na Câmara e provável veto presidencial.

Por Ana Lucia
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O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta terça-feira (28/10), uma resolução que tenta revogar as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil. A medida foi aprovada por 52 votos a 48, com o apoio de cinco senadores republicanos, que se uniram à bancada democrata.

A proposta, apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, pretende encerrar a emergência nacional decretada por Trump em julho, usada como justificativa legal para as sanções. O republicano impôs tarifas sob a alegação de violações de direitos humanos e perseguição política a opositores no Brasil.

Durante a sessão, Kaine criticou a decisão presidencial e questionou sua legitimidade:

“Como pode ser uma emergência o fato de o Brasil processar um amigo de Donald Trump? Além disso, os Estados Unidos têm superavit comercial com o Brasil”, afirmou o parlamentar.

Entre os republicanos que apoiaram a revogação estão Rand Paul (Kentucky), Thom Tillis (Carolina do Norte), Susan Collins (Maine), Lisa Murkowski (Alasca) e o ex-líder da bancada, Mitch McConnell.

Apesar da aprovação no Senado, o projeto enfrenta barreiras políticas. A Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, dificilmente colocará o tema em votação — e, mesmo que avance, Trump deve vetar a medida, mantendo as tarifas em vigor.

A votação foi a primeira de uma série de propostas comerciais que o Senado americano deve analisar nesta semana, incluindo medidas sobre o Canadá e outras tarifas aplicadas durante o chamado “Dia da Libertação”, em abril.

Analistas apontam que, embora simbólica, a decisão mostra divisões internas entre republicanos e pressão internacional crescente contra a política comercial de Trump.


📍 Edição: Diário Goiás em Destaque – 29/10/2025
✍️ Redação: Ana Lucia

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