Arrecadação federal atinge recorde histórico no primeiro semestre de 2025
Da Redação
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O Brasil registrou o maior volume de arrecadação federal da história no primeiro semestre de um ano. De janeiro a junho de 2025, o total arrecadado chegou a R$ 1,425 trilhão, superando o recorde anterior, de R$ 1,38 trilhão no mesmo período de 2024. O crescimento foi de 4,38% em termos reais, ou seja, já descontada a inflação.
Do total, R$ 1,365 trilhão vieram de receitas administradas pela Receita Federal e outros R$ 60,7 bilhões de fontes vinculadas a outros órgãos públicos. Apenas no mês de junho, a arrecadação somou R$ 234,6 bilhões, o que representa um aumento real de 6,62% em relação a junho do ano passado.
Segundo especialistas, o bom desempenho da arrecadação reflete uma combinação de fatores, incluindo a retomada da economia, maior massa salarial, alta nos rendimentos financeiros — impulsionada pela taxa Selic elevada — e também mudanças recentes na legislação tributária.
Entre os destaques está o crescimento expressivo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que arrecadou R$ 8 bilhões só em junho, com alta de 38,8% frente ao mesmo mês de 2024. O Imposto de Renda sobre rendimentos de capital e a receita previdenciária também registraram desempenhos robustos. Outras medidas que contribuíram para o aumento da arrecadação incluem a tributação de fundos exclusivos e offshores, a retomada de impostos sobre combustíveis, a nova cobrança sobre apostas e encomendas internacionais, além da reoneração gradual da folha de pagamentos. As medidas legislativas aprovadas nos últimos meses, apesar de algumas idas e vindas no Congresso, também influenciaram o cenário. O STF restabeleceu parcialmente em julho a cobrança do IOF sobre algumas operações, com exceção do chamado “risco sacado”.
A trajetória mês a mês confirma o ritmo forte da arrecadação:
Janeiro (R$ 301,2 bi), Fevereiro (R$ 202,5 bi), Março (R$ 209,7 bi), Abril (R$ 247,7 bi), Maio (R$ 230,2 bi) e Junho (R$ 234,6 bi).
