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Meta aposta em poder computacional e autonomia para atrair os maiores talento em IA

Da Redação
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A Meta intensificou sua corrida por talentos em inteligência artificial (IA) e mudou o paradigma das contratações no setor, conforme revelou Mark Zuckerberg em entrevista recente ao The Information. A empresa está buscando os melhores pesquisadores globais e, ao contrário do imaginário comum, observou que o salário, apesar de elevado, não é o fator decisivo. Segundo Zuckerberg, ‘pesquisadores de ponta pedem o mínimo de pessoas possível sob sua supervisão e o máximo de GPUs’, sinalizando que o desejo de autonomia e acesso a poder computacional supera o interesse por responsabilidades administrativas ou tamanho de equipe tradicionais.
Essa preferência revela o novo perfil dos profissionais: cientistas que querem se dedicar exclusivamente ao avanço tecnológico, sem burocracias, com liberdade para criar e testar modelos em larga escala. Zuckerberg enfatizou que ‘ter o maior poder computacional por pesquisador é definitivamente uma vantagem estratégica, não apenas para realizar o trabalho, mas também para atrair as melhores pessoas’.
Entrevistas mostram que a demanda pelo acesso ilimitado a clusters de GPUs, especialmente as H100 da Nvidia, tornou-se exigência padrão entre os grandes nomes da área. O CEO da Perplexity, Aravind Srinivas, relatou que ao tentar recrutar um especialista da Meta, ouviu: ‘Volte a falar comigo quando você tiver 10.000 GPUs H100’, ilustrando como a infraestrutura é determinante nas negociações para a elite global da IA.
Para sustentar essa estratégia, a Meta anunciou investimentos bilionários em novos data centers. Entre eles, o Prometheus, localizado em Ohio, deve fornecer 1 gigawatt de poder computacional a partir de 2026, enquanto o Hyperion, na Louisiana, atingirá 5 gigawatts nos próximos anos.
Tais dimensões colocam a empresa à frente na corrida mundial por IA, garantindo não só a capacidade técnica para criar modelos avançados, como também a atração e retenção dos maiores especialistas da área.
Os projetos elevam a Meta a um novo patamar, permitindo realizar experimentos e treinar modelos de IA em escala sem precedentes. ‘Estamos apostando alto para construir infraestrutura que seja capaz de sustentar superinteligência’, declarou Zuckerberg. Tal abordagem também eleva o nível de exigência no setor, já que concorrentes como OpenAI, Google DeepMind e Anthropic precisam competir pela mesma base de talentos, incentivando avanços rápidos na infraestrutura global de IA.
Com a nova política de contratação e investimento pesado em recursos computacionais, a Meta busca consolidar sua posição como referência em inteligência artificial, abrindo caminho para inovações e consolidando a visão de Zuckerberg de criar sistemas que superem o intelecto humano.

GED

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