Mulher receberá R$ 6 mil após cair em piso molhado de supermercado
ustiça de Goiás considerou provas de que cliente ficou sem trabalhar por causa de lesões no joelho e tornozelo, provocadas pela queda

Depois de escorregar e cair no piso molhado de um supermercado, uma cliente conseguiu na Justiça indenização por danos morais no valor de R$ 6 mil, a serem pagos pelo estabelecimento, em Goiânia. Ela ficou impossibilitada de trabalhar por causa de lesões no joelho e tornozelo, provocadas pela queda.
Com as provas apresentadas, a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) seguiu voto do relator, o desembargador Wilson Safatle Faiad. O colegiado negou recurso do supermercado contra a decisão do juiz Leonardo Aprigio Chaves, da 16ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia.
De acordo com o processo, a consumidora estava fazendo compras no endereço quando escorregou no piso molhado e caiu. Ela disse que não havia sinalização no local e, por esse motivo, a empresa provocou o acidente.
Ofereceu R$ 2 mil
Além disso, a cliente contou que o supermercado não adotou medida eficaz para minimizar os danos sofridos, já que, segundo ela, a empresa ofereceu R$ 2 mil a título de reparação, com a condição de que não pagaria nenhum outro valor. A proposta foi negada pela consumidora.
Inicialmente, na primeira decisão da Justiça, o juiz reconheceu a responsabilidade do supermercado e considerou que a queda dentro de estabelecimento comercial, por si só, é fato causador de dano moral. Isso, segundo ele, provoca exposição da vítima a situação vexatória.
Nesse caso, de acordo com o juiz, o caso se mostrou ainda mais grave, pois provocou lesões físicas.
Recurso
Ao ingressar com o recurso, a empresa defendeu que não foi comprovado que o chão estava molhado no momento do acidente. Além disso, afirmou que prestou todo o atendimento necessário para a recuperação da cliente.
Contudo, ao analisar a contestação, o relator entendeu que não há controvérsia sobre a queda da consumidora dentro do estabelecimento comercial. Segundo ele, a empresa não comprovou que o chão não estava molhado, pois deixou de anexar aos autos as filmagens do dia do acidente.
O desembargador considerou provas de que a queda e as lesões foram causadas pela omissão da empresa quanto à adequada manutenção das suas dependências.
O relator ressaltou, ainda, que as alegações do supermercado sobre o auxílio financeiro que prestou à consumidora, especialmente o médico, não desconfigura o dano moral sofrido por ela.
O Diário Goiás em Destaque não localizou contato da defesa do supermercado até o fechamento dessa matéria.