Vila Cultural Cora Coralina abre duas novas exposições nesta próxima quinta, dia 13, em Goiânia

Mostras “Depois do Sol”, de Renato Reno, e “Carne e Pedra”, de Carlos Monaretta, exploram linguagens da arte contemporânea com entrada gratuita até 14 de dezembro
Por Ana Lucia
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Nesta próxima quinta, dia 13, a Vila Cultural Cora Coralina abre as portas para duas novas exposições inéditas que dialogam entre o cotidiano urbano e a abstração artística. As mostras “Depois do Sol”, de Renato Reno, e “Carne e Pedra”, de Carlos Monaretta, terão abertura oficial às 19h e permanecem em cartaz até o dia 14 de dezembro, com entrada gratuita.
As exposições ocupam as salas Sebastião Barbosa e Antônio Poteiro e propõem ao visitante uma imersão na arte contemporânea, marcada pela experimentação e pela sensibilidade poética. O espaço cultural, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), recebe o público diariamente, das 9h às 16h.
Abstração e processo criativo
Em “Depois do Sol”, Renato Reno apresenta uma série inédita de desenhos sobre papel de algodão, com curadoria de Ralph Gehre. A mostra marca a transição definitiva do artista para a abstração, utilizando técnicas mistas como pastel seco, bastão oleoso, giz de cera, marcadores e canetas.
O trabalho dá continuidade à pesquisa iniciada em “Sol de Guapó”, exibida na exposição Família (2024). Durante o período expositivo, o artista realizará encontros com visitantes e escolas, além de disponibilizar uma banca com gravuras e publicações autorais.
Urbanidade e crítica em “Carne e Pedra”
Na sala vizinha, Carlos Monaretta apresenta “Carne e Pedra”, uma mostra que investiga a poética dos materiais urbanos. O artista reúne esculturas, fotografias e instalações feitas a partir de objetos encontrados em ruas, becos e lixeiras de Goiânia.
Entre as obras expostas estão Monumento à Preguiça, Máquinas de Fazer Dinheiro e Treco, Troço e Coisa, peças que revelam humor, crítica e reflexão sobre o valor simbólico do que é descartado. O resultado é uma espécie de arqueologia do presente, que transforma o banal em arte.
Com diferentes olhares e linguagens, as duas exposições reafirmam o papel da Vila Cultural Cora Coralina como um dos espaços mais importantes de difusão da arte contemporânea goiana.



