Goiânia

Vendas de imóveis crescem 47% no 1º trimestre e aquecem mercado imobiliário em Goiânia

Da Redação
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O mercado imobiliário de Goiânia segue em forte expansão. No primeiro trimestre de 2025, as vendas de imóveis cresceram 47% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados divulgados pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O volume financeiro movimentado saltou de R$ 1,388 bilhão no ano passado para R$ 2,035 bilhões neste ano.
Em número de unidades, o crescimento foi de 29%, com 2.592 imóveis vendidos entre janeiro e março, frente a 2.007 no mesmo período de 2024. O aumento na procura resultou em uma queda no estoque disponível, atualmente com 10.283 unidades.
De acordo com Fernando Razuk, presidente do Conselho da Ademi-GO, os números reforçam a tendência de um ano aquecido no setor. “A população e a economia de Goiás crescem numa velocidade muito acima do restante do país, o que gera uma demanda enorme por novas moradias”, afirmou. Ele também aponta que a expansão inclui imóveis residenciais, comerciais e de alto padrão.

Valorização e bairros em alta

O levantamento mostra que o metro quadrado médio dos imóveis vendidos em Goiânia no primeiro trimestre chegou a R$ 10.261, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 9.287). Em bairros de alto padrão, como Marista e Bueno, os valores médios são ainda mais altos, ultrapassando R$ 13 mil e R$ 12 mil, respectivamente. No Jardim Goiás, o valor médio foi de R$ 10.736,00.
Outro destaque foi o bairro Serrinha, que vem ganhando valorização acelerada devido ao grande volume de lançamentos recentes.
Segundo Razuk, imóveis de empreendimentos lançados há quatro anos — quando o custo de construção e terreno era mais baixo — ainda estão à venda por preços abaixo do custo atual de reposição. “Se fossem lançados hoje, os preços seriam bem mais altos”, explica.
Geração de empregos e impacto econômico

Além do crescimento em vendas e valorização, o setor também puxou a criação de empregos. Conforme dados da Ademi-GO, 2.514 vagas foram geradas na construção civil apenas nos primeiros meses do ano. Em março, o segmento foi responsável por 26% dos empregos criados em Goiânia e Aparecida. Em 2024, esse índice era de 18%.
Para o presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo, esses dados comprovam a relevância da construção civil para a economia regional. “O setor tem papel central na geração de riqueza e na oferta de oportunidades para a população”, destacou.
Já o diretor de pesquisas da Ademi-GO, Credson Batista, afirma que Goiânia mantém um ritmo de valorização acima da média nacional. “As vendas na capital cresceram o dobro da média nacional neste início de ano. Com essa demanda aquecida, a valorização é praticamente certa”, avalia.

GED

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