Veja como fica o salário com a nova isenção do IR até R$ 5 mil e os descontos do INSS a partir de 2026

Senado aprova projeto que zera IR para quem ganha até R$ 5.000 e cria desconto escalonado entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350; regra vale após sanção e início em janeiro de 2026
Por Ana Lucia
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O Senado aprovou, por unanimidade, o PL 1.087/2025, que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5.000 por mês e reduz parcialmente o IR de salários entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. O texto segue para sanção presidencial e, se confirmado ainda em 2025, passa a valer em janeiro de 2026. Para compensar a desoneração, o projeto institui tributação mínima para altas rendas. Hoje, na prática, a isenção alcança até R$ 3.036 mensais com o desconto simplificado de R$ 607,20.
- Até R$ 5.000: isento de IR a partir de 2026 (mantém-se apenas o desconto de INSS conforme tabela vigente).
- De R$ 5.000,01 a R$ 7.350: desconto escalonado reduz o IR devido de forma progressiva — maior alívio para quem está mais perto de R$ 5.000, menor para quem se aproxima de R$ 7.350.
- Acima de R$ 7.350: não há mudança nas alíquotas do IR no projeto.
Exemplos práticos (salário bruto, sem dependentes, com INSS na base de cálculo)
Simulações de consultorias indicam o efeito médio no contracheque:
- R$ 5.000: hoje pagaria cerca de R$ 312,89 de IR/mês; em 2026: isento — alívio de R$ 312,89.
- R$ 6.000: redução do IR devido; ganho líquido estimado próximo de R$ 180/mês.
- R$ 7.200: redução menor; alívio perto de R$ 20/mês.
(Valores de referência baseados em simulações divulgadas no mercado; os resultados individuais variam por dependentes, outras deduções e opção pelo desconto simplificado).
E o INSS?
O INSS continua sendo descontado mensalmente do salário e entra no cálculo que define a base do IR — regra que não muda com o projeto. Para quem tem carteira assinada, a empresa seguirá aplicando a forma mais vantajosa (tabela completa com INSS e dependentes ou desconto simplificado), como já ocorre hoje.
Tributação mínima para altas rendas
Para compensar a renúncia, o projeto cria um imposto mínimo progressivo para altas rendas — a partir de R$ 600 mil/ano, chegando a 10% para quem ganha acima de R$ 1,2 milhão/ano, quando a tributação efetiva ficar abaixo desse piso. A medida mira cerca de 141 mil contribuintes.
Quando começa a valer
A nova faixa de isenção entra em vigor em janeiro de 2026, se o texto for sancionado ainda neste ano. Até lá, permanece a regra com isenção prática até R$ 3.036 mensais devido ao desconto simplificado de R$ 607,20.



