União Brasil avalia saída do governo Lula: decisão pode ocorrer na próxima semana
Presidenciável Ronaldo Caiado e líderes do partido reforçam pressão pelo desembarque, mas aliados do governo resistem
A direção do União Brasil pode anunciar, já na próxima semana, a saída do partido do governo Lula. A decisão, articulada pelo chefe nacional do partido, Antônio Rueda, enfrenta resistência interna, especialmente de ministros e aliados que desejam permanecer na gestão petista.
A pressão pela permanência no governo é grande, principalmente entre nomes já ocupando cargos estratégicos. O ministro do Turismo, Celso Sabino, por exemplo, não demonstra intenção de deixar o Executivo. Entre os aliados de Rueda, no entanto, há consenso de que o momento é de ruptura, defendendo o desembarque como forma de preservar a imagem do partido.
O presidenciável e governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defende a saída imediata.
“Não dá mais para conviver com essa situação desmoralizante”, afirmou, referindo-se à permanência do União Brasil na gestão Lula.
A cúpula do partido planeja se reunir na quarta-feira para deliberar oficialmente sobre o possível desembarque do Executivo. Nos últimos dias, Rueda manteve conversas estratégicas com líderes do PP, incluindo Ciro Nogueira, alinhando o cenário político e evitando rupturas em blocos aliados.
Ficou definido que indicados de Davi Alcolumbre e de outros caciques não participarão do movimento de saída, garantindo que apenas parte do União Brasil realize o desembarque, sem comprometer alianças em andamento.
Analistas políticos destacam que a decisão pode ter impactos diretos nas relações do governo com o Congresso, influenciando votações e a composição de ministérios. O desfecho será observado atentamente por aliados e opositores, que aguardam a reunião da cúpula para medir os próximos passos do União Brasil no cenário nacional.
A saída, se confirmada, reforçaria a estratégia do partido de se distanciar do governo Lula em busca de fortalecimento político para as eleições de 2026.
