Trump anuncia deportação em massa e postura firme sobre imigração em sua primeira entrevista como presidente eleito
Da Redação
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Em sua primeira entrevista após a vitória nas eleições de 2024, Donald Trump reafirmou uma de suas promessas de campanha mais controversas: a implementação de uma “deportação em massa” de imigrantes ilegais. Em entrevista à NBC News, o presidente eleito dos Estados Unidos declarou que uma de suas prioridades ao assumir o cargo em janeiro será tornar a fronteira americana “forte e poderosa”, independentemente do custo. Segundo ele, sua administração realizará a maior deportação da história dos Estados Unidos, expulsando mais de 1 milhão de imigrantes ilegais por ano, um número dez vezes maior do que o volume atual.
Durante a campanha, Trump se comprometeu a levar a cabo essa medida como parte de sua agenda de segurança e controle da imigração. O republicano também sugeriu que vai proibir a cidadania automática para os filhos de estrangeiros nascidos nos Estados Unidos e disse que planeja enviar tropas do exército para ajudar na fiscalização da fronteira, substituindo em parte os agentes de imigração.
Em resposta a questões sobre o custo de sua proposta, Trump foi enfático: “Não é uma questão de preço. Realmente, não temos escolha. As pessoas (imigrantes ilegais) matam e assassinam, os traficantes destroem países, e agora eles vão voltar para esses países porque não vão ficar aqui. Não tem preço.” Embora o presidente eleito tenha se mostrado irredutível quanto à necessidade de executar seu plano, ele atenuou um pouco o tom ao dizer que quer garantir que as pessoas entrem legalmente no país, com “amor pelo país”. No entanto, ele manteve o foco na deportação e na necessidade de controlar a imigração.
Especialistas em imigração, como o Conselho Americano de Imigração, alertam que o custo de uma deportação em massa poderia superar os US$ 88 bilhões anuais, chegando a quase US$ 1 trilhão ao longo de uma década. Além disso, a execução de um plano dessa magnitude seria um enorme desafio logístico e financeiro, com a necessidade de envolver várias agências federais, incluindo o Departamento de Justiça e o Pentágono.
Trump também mencionou a importância de sua postura rígida sobre imigração para sua vitória eleitoral. Ele destacou que sua postura foi um fator importante para o apoio recorde dos eleitores latinos, um grupo que tradicionalmente tem apoiado o Partido Democrata. Durante as eleições de 2024, 54% dos homens latinos votaram em Trump, contra 44% para a vice-presidente Kamala Harris. Para Trump, isso reflete um alinhamento crescente de setores da população com suas políticas de imigração.