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Terras em Goiás estão entre as mais valorizadas do Brasil

Da Redação
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Goiás ocupa posição de destaque no mercado de terras agrícolas, com o valor médio do hectare para lavouras chegando a R$ 47,3 mil, o terceiro mais alto do País, atrás apenas do Paraná (R$ 59,2 mil) e São Paulo (R$ 58,2 mil). Já as terras para pastagens têm preço médio de R$ 23,8 mil por hectare, ficando atrás apenas de São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Os dados são do Relatório de Terras da Scot Consultoria.
Nos últimos cinco anos, as terras agrícolas em Goiás tiveram uma valorização de 170,9%, impulsionada pela expansão das lavouras na Região Norte, especialmente em Porangatu. O Sudeste Goiano registrou um aumento médio de 7,1%, enquanto São Miguel do Araguaia, mesmo com uma desvalorização recente de 10,6%, acumulou alta de 216,4% no período.
As terras de pastagem também registraram crescimento expressivo. Em Rio Verde, a valorização foi de 171,1% entre 2020 e 2024, enquanto São Miguel do Araguaia apresentou aumento de 150,7%.
Nos últimos 12 meses, a Região Sudeste liderou a alta com 26%, seguida pelo Sul de Goiás, com 19,3%.
Em nível nacional, os preços das terras mais que dobraram, com uma alta de 113% nos últimos cinco anos, enquanto as terras destinadas à pastagem registraram um aumento de 116%. Apesar do cenário positivo, o zootecnista Felipe de Lima Junqueira Franco Fabbri, da Scot Consultoria, prevê um mercado de terras mais lento em 2025 devido às altas taxas de juros, margens apertadas nas culturas de soja e milho, e fatores políticos como insegurança jurídica e aumento nos casos de recuperação judicial no setor agropecuário.
Ainda assim, Felipe acredita que áreas ligadas a culturas como cana-de-açúcar e café, que tiveram bom desempenho em 2024, podem atrair novos investimentos, especialmente de grandes grupos do agronegócio.

GED

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