Startup desenvolve tecnologia que apaga incêndios com ondas sonoras

Uma startup americana está chamando a atenção do setor de tecnologia e segurança pública com uma proposta que parece saída de um filme de ficção científica: apagar incêndios usando ondas sonoras. A empresa, chamada Sonic Fire Tech, desenvolveu um sistema capaz de eliminar chamas por meio do infrassom, um tipo de som tão grave que o ouvido humano é incapaz de perceber.
A tecnologia funciona a partir de sensores inteligentes que detectam o início do fogo e acionam emissores de infrassom. As vibrações emitidas pelo equipamento fazem o oxigênio ao redor das chamas se dispersar, interrompendo a reação química da combustão. O resultado é surpreendente: o fogo se apaga sem o uso de água, espuma ou produtos químicos, evitando danos colaterais e reduzindo o impacto ambiental.
O sistema pode ser instalado em casas, fábricas, galpões industriais e veículos, e já despertou o interesse de investidores do setor de segurança e energia. A Sonic Fire Tech arrecadou US$ 3,5 milhões em rodadas iniciais e planeja implementar 50 projetos-piloto até 2026, incluindo versões residenciais e até uma mochila sônica projetada especialmente para bombeiros.
De acordo com a empresa, o objetivo é criar uma alternativa mais limpa, eficiente e sustentável para o combate a incêndios — substituindo o tradicional uso de mangueiras, reservatórios e substâncias químicas por extintores acústicos portáteis e de baixo custo operacional.
A proposta surge em um momento em que o impacto econômico dos incêndios é cada vez maior. Apenas nos Estados Unidos, estima-se que os incêndios florestais causem prejuízos anuais de US$ 424 bilhões, segundo dados do governo americano. Na Califórnia, seguradoras têm inclusive abandonado regiões inteiras devido ao risco elevado de perdas, deixando milhares de imóveis sem cobertura.
Com uma abordagem inovadora e sustentável, a Sonic Fire Tech aposta em transformar o modo como o mundo lida com o fogo. Se os testes em larga escala confirmarem a eficácia do sistema, o futuro do combate a incêndios poderá ser bem diferente do que conhecemos hoje — sem água, sem fumaça e movido apenas pela ciência do som.



