Saúde reforça importância da vacinação contra HPV durante o Março Lilás

Da Redação
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A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia se une à campanha nacional de conscientização sobre o câncer de colo do útero – Março Lilás, do Ministério da Saúde. De acordo com dados do órgão federal, o câncer de colo do útero é o terceiro tipo de tumor maligno mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país, apesar de ser uma doença evitável e tratável quando detectada precocemente.
Segundo Marcelo Cupertino, diretor-técnico do Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), quase 100% dos casos dessa doença são causados pela infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV). “A maioria das infecções por HPV é transitória e eliminada naturalmente pelo organismo, mas quando persiste, pode provocar alterações celulares que levam ao câncer”, explica o ginecologista.
Segundo Cupertino, a vacinação contra o HPV é uma das principais formas de prevenção da doença. “É uma vacina disponível gratuitamente no SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. O imunizante protege contra os principais tipos oncogênicos do vírus”, explica o médico. Ele ressalta que essa estratégia de saúde pública é fundamental, pois evita que o vírus provoque alterações celulares que podem levar ao câncer.
Outra medida essencial para a prevenção é a realização periódica do exame de papanicolau, que detecta precocemente alterações celulares no colo do útero. Segundo o ginecologista, o exame deve ser realizado anualmente por mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual. “O rastreamento regular permite identificar lesões em estágios iniciais, antes que evoluam para o câncer. Quando o diagnóstico ocorre precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%”, destaca Cupertino. “Em casos suspeitos, exames complementares como colposcopia, teste de HPV e biópsia podem ser necessários para confirmação”, acrescenta.
Cupertino reforça que, além da vacinação e do rastreamento, o uso de preservativos nas relações sexuais é um método importante para reduzir o risco de infecção pelo HPV. O médico também alerta para outro fator de risco relevante: o tabagismo, uma vez que o hábito compromete o sistema imunológico e favorece a persistência da infecção pelo vírus.