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Saúde em alerta: aberto fórum para enfrentar impactos do tarifaço

Da Redação
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A possível aplicação de tarifas retaliatórias entre Brasil e Estados Unidos acendeu um sinal de alerta na saúde de Goiás. Para enfrentar o risco de aumento bilionário nos custos do setor, o secretário estadual da Saúde, Rasível Santos, anunciou a criação de um Fórum Permanente entre os setores público e privado. A medida busca unir esforços para mitigar os impactos, caso entre em vigor a reciprocidade tarifária.
O modelo do fórum será semelhante ao comitê de crise da pandemia. Estimativas iniciais apontam que os custos com saúde pública e privada podem saltar mais de US$ 3 bilhões por ano, pressionando ainda mais o orçamento do SUS e a sustentabilidade dos hospitais privados.
“Já gastamos mais do que o mínimo constitucional exige. E agora, corremos o risco de ver hospitais privados fechando e sobrecarregando ainda mais o SUS”, alertou o secretário. Só em 2025, cinco unidades privadas encerraram atividades, e outras dez estão em situação crítica.
Representantes do setor reforçaram a gravidade do cenário. Equipamentos de alta complexidade, como tomógrafos e ressonâncias, dependem de peças e insumos dos EUA. “Sem eles, há risco de desassistência”, afirmou Renato Daher, presidente da Ahpaceg.
A preocupação também atinge medicamentos de alto custo, muitos com patente americana, como imunobiológicos e oncológicos. “Não há substituição simples para esses remédios”, pontuou Marcelo Reis, do Sinfaego.
O governador Ronaldo Caiado está articulando apoio entre os governadores para blindar o setor de saúde das tarifas. A pauta será levada ao fórum nacional de governadores nos próximos dias.

GED

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