Em uma decisão que reflete a crescente tensão no setor de saúde de Goiânia, os médicos da Santa Casa de Misericórdia (SCMG) anunciaram uma greve de 24 horas para esta quinta-feira, 10. A medida, comunicada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), é resultado direto da falta de repasses e do não atendimento às reivindicações da categoria.
A paralisação, determinada em Assembleia Geral Extraordinária Permanente no dia 3 de outubro, ocorre após tentativas frustradas de negociação com os gestores da unidade. O Simego enfatiza que, apesar dos esforços, as demandas dos profissionais permanecem sem solução satisfatória.
Seguindo determinações legais, os serviços de urgência e emergência serão mantidos para garantir o atendimento em casos críticos. O sindicato também realizará uma Ronda Sindical na SCMG durante o dia da greve, visando monitorar a situação e ouvir os profissionais envolvidos.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) respondeu à situação afirmando que os repasses federais têm sido feitos regularmente e que busca alternativas para complementar os recursos com verbas do Tesouro Municipal. A pasta informou ainda sobre novos repasses realizados recentemente para a Fundahc e hospitais filantrópicos.
O cenário se agrava com a revelação de uma dívida acumulada de R$ 16 milhões da Prefeitura de Goiânia com a Santa Casa, conforme informado pela coordenadora da unidade, Irani Ribeiro de Moura. Este valor contrasta com declarações anteriores do secretário Wilson Pollara, que havia mencionado uma redução significativa da dívida total da SMS.
A situação na Santa Casa de Goiânia é um reflexo de um problema mais amplo enfrentado por diversas instituições de saúde na cidade, que lutam com atrasos nos pagamentos e repasses irregulares. Enquanto a administração municipal busca soluções, profissionais de saúde e pacientes enfrentam as consequências imediatas desta crise financeira no setor.