A vitória de Sandro Mabel neste domingo (27) representa um marco histórico para a política goiana, encerrando um jejum de 36 anos. Desde 1988, nenhum candidato apoiado pelo governador havia conseguido vencer uma eleição para a prefeitura de Goiânia. O último a conquistar esse feito foi Nion Albernaz, que, filiado ao PMDB, derrotou Pedro Wilson (PT) em um turno único.
Desde então, candidatos com apoio governamental enfrentaram uma série de derrotas nas eleições para a prefeitura. Entre os derrotados, estão figuras como Bittencourt, Sandes Júnior, Lúcia Vânia, Jovair e Vanderlan Cardoso, todos com apoio de governadores da época.
Em 1992, Sandro Mabel, então apoiado por Iris Rezende (PMDB), perdeu para Darci Accorsi (PT). A sequência de insucessos continuou com Luiz Bittencourt, que, mesmo sendo presidente da Assembleia Legislativa e candidato de Maguito Vilela, foi derrotado por Nion em 1996. Em 2000, Lúcia Vânia, apoiada por Marconi Perillo (PSDB), não avançou nem para o segundo turno, onde Pedro Wilson saiu vitorioso.
Nos anos seguintes, a lista de derrotados se ampliou: em 2004, Sandes Júnior ficou em terceiro lugar, e em 2008, novamente perdeu para Iris, desta vez com o apoio do governador Alcides Rodrigues. Em 2012, Jovair, candidato de Marconi, não conseguiu superar Paulo Garcia (PT), que venceu sem a necessidade de um segundo turno. Em 2016, Vanderlan Cardoso, com apoio de Marconi, perdeu para Iris no segundo turno, e em 2020, foi derrotado por Maguito Vilela (MDB), num pleito marcado pela luta de Maguito contra a Covid-19.
A vitória de Mabel não apenas marca um novo capítulo na política de Goiânia, mas também sinaliza uma mudança na dinâmica de apoio governamental nas eleições municipais. Com essa conquista, Mabel e seu grupo político renovam as esperanças para a administração da cidade, que enfrenta desafios significativos no futuro.