Samir Xaud é eleito presidente da CBF e anuncia prioridades para gestão até 2029

Eleito no último domingo, Samir Xaud inicia sua gestão à frente da CBF com foco em transformação, responsabilidade e inclusão. Com mandato até maio de 2029, o novo presidente apresentou em seu discurso as principais prioridades que pretende cumprir para modernizar e fortalecer o futebol brasileiro.
Entre as ações anunciadas estão a reorganização dos Campeonatos Estaduais para um formato mais curto, com até 11 datas, buscando um calendário mais enxuto, sem prejudicar a tradição e a economia local. A arbitragem também terá atenção especial, com a inclusão de dois representantes indicados pelos clubes como observadores permanentes na Comissão de Arbitragem.
Samir reforçou a importância do diálogo e agradeceu o apoio de 25 das 27 federações e de dez clubes, mas abriu espaço para todos participarem do debate. Ele destacou ainda sua origem no Norte do país, reforçando a identidade cultural e o orgulho da região.
“Essa nova CBF nasce com a alma do Norte, com os pés fincados na cultura macuxi, com o olhar voltado para o futuro, e com o compromisso inegociável de honrar os sonhos da nossa gente. É tempo de transformação, é tempo de responsabilidade, é tempo de reconstruir a confiança”, afirmou.
Direitos e modernização
Entre outras metas, Samir destacou a criação de um grupo de trabalho para discutir o Fair Play financeiro com clubes, federações e especialistas, além de abrir as portas para a criação efetiva da Liga do Futebol Brasileiro.
O futebol feminino ganhará investimentos e atenção prioritária, especialmente com a Copa do Mundo de 2027, que será um marco para elevar o esporte à posição que merece.
Para a seleção masculina, o objetivo vai além dos títulos: resgatar a identificação do povo com a “canarinho” e unir as cores que representam a nação brasileira. Samir desejou sucesso ao técnico Carlo Ancelotti, na busca pelo tão sonhado hexa.
Compromisso com inclusão e sustentabilidade
A nova gestão também firmou compromisso com a inclusão, diversidade e combate ao racismo, além de retomar a Taça Indígena e promover práticas de sustentabilidade e educação climática dentro e fora de campo.