Política

Ronnie Lessa aponta ex-político da Lavajato como mandante do assassinato de Marielle

A investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido há quase seis anos, ganhou um novo e surpreendente capítulo. O ex-policial Ronnie Lessa, preso desde março de 2019 e acusado de ser o executor do crime, firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Segundo a Band, Lessa apontou Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e ex-político do MDB, como o mandante do assassinato. Este acordo ainda aguarda homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerando o foro privilegiado de Brazão.
Brazão, que já apoiou Dilma Rousseff (PT) e foi preso em 2017 por corrupção na Operação Lava Jato, nega envolvimento no crime. Entretanto, ele foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2019 de obstruir as investigações sobre a morte de Marielle, embora o Tribunal de Justiça do Rio tenha rejeitado essa acusação. A motivação para o crime estaria relacionada a uma possível vingança contra Marcelo Freixo (PT), devido a antigas disputas políticas. Marielle, antes de ser vereadora, trabalhou por uma década com Freixo, conhecido por presidir a CPI das milícias que mencionava Brazão.
Este desenvolvimento desafia as especulações que ligavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PT) ao caso. Bolsonaro já se manifestou nas redes sociais, destacando o desfecho próximo do caso e refutando as acusações contra ele e seu entorno. A delação de Lessa, se confirmada, pode ser decisiva para esclarecer um dos crimes políticos mais emblemáticos e misteriosos do Brasil recente.

GED

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo